terça-feira, 25 de março de 2008

Mentiras sobre pagamento da Dívida Externa

O Bacen engana a opinião pública, a mídia aplaudeTo:
A farsa da dívida externa, a fraude da dívida interna

Por Helio Fernandes - www.tribunadaimprensa.com.br

Os madrugadores ansiosos que consultam as edições on-line dos jornaissouberam primeiro. Mas os leitores normais souberam só pela manhã: "OBrasil já tem recursos para pagar TODA a dívida externa". Não esqueceramdesse TODA, que não é elucidativo mas iliminativo.Alguma verdade? TODA a verdade? Por que o estardalhaço (manchete emdiversos jornais, privilégios em todos os noticiosos de televisão),exatamente neste momento? Interessante que a mídia aceitasse tudo, semexplicação.Vou sumarizar, revelar apenas os números verdadeiros e questionar o queo BC (de Meirelles, do alto dos seus 6 processos por crimes financeiros)publicou.Em 1960, a "dívida" externa atingiu 1 BILHÃO de dólares. Em 2000, chegoua 235 BILHÕES. Quer dizer: em 40 anos a DÍVIDA cresceu 235 vezes, émuita indignidade. E mais: nesses 40 anos, o Brasil pagou de juros dessaDÍVIDA inexistente mais de 600 BILHÕES de dólares.Por que em 2008, 8 anos depois de ter estado em 240 BILHÕES, essa DÍVIDAque começou em 1822 (com a Independência que não houve) caiu para 183BILHÕES? O Brasil teria pago 57 bilhões do principal? Nada disso, tudo"menas" verdade.O que aconteceu: há mais de 10 anos, os que tinham títulos do TesouroNacional, que rende entre 3 e 4 por cento, descobriram a DÍVIDA INTERNA,que com FHC chegou a pagar juros de 48 por cento, um crime hediondocontra o País e os 180 milhões de brasileiros.Esses emprestadores, que não são trouxas (como os que enriquecem EdirMacedo), logo, logo mudaram a DÍVIDA. Da externa passaram para ainterna, que paga a maior remuneração do mundo. Assim, qualquer um écapaz de perceber que a DÍVIDA externa teria que cair como caiu,enquanto a interna teria que subir, como subiu.Portanto, nem o governo FHC nem o de Lula têm qualquer mérito nasituação apregoada com a maior irresponsabilidade. Primeira pergunta:como é que os dois governos acumularam esses 187 bilhões e 500 milhõespara "empatarem" com a DÍVIDA externa? Elementar, trocaram a moeda boanacional pela moeda podre dos Estados Unidos. E por causa disso, há 30anos peço A-U-D-I-T-O-R-I-A da DÍVIDA EXTERNA e há menos tempo da DÍVIDAINTERNA.Primeira resposta: e se o Brasil tivesse investido esses 187 bilhões e500 milhões de dólares, até onde teríamos ido em matéria dedesenvolvimento?Segunda pergunta: como é que o Brasil até 2006 conseguiu pagar, só dejuros, anualmente, 180 BILHÕES de dólares? Não pagava todo esse total,apenas a metade, a outra metade jogava no montante ou no total daDÍVIDA, que assim vai sempre crescendo. (Desde os anos 60, economistasque serviram a diversos governos criaram a frase que seguiaminflexivelmente: "Dívida não se paga, dívida se administra").Segunda resposta: como é que o governo "arranjava" esses 90 bilhões parapagar metade da DÍVIDA interna? Como diz sempre o mesmo presidente doBanco Central: "ECONOMIZANDO". Economizando, isso não é surpreendente?Traduzindo: o governo assumiu o compromisso com o FMI de pagar pelomenos 4,5% do PIB dessa DÍVIDA. Não economizou nada, deixou de investir,preteriu o espetáculo do desenvolvimento, preferiu ficar bem com o FMI.Por hoje bastam esses dados. Mas para desmascarar os jornalões, quedizem "pela primeira vez o Brasil se encontra nessa situação", voumostrar os dados verdadeiros.PS - De 1940 a 1950, o Brasil teve formidáveis saldos externos. E nãoexistiam as duas dívidas. Também não foi muito mérito de Vargas. Emplena guerra, o Brasil era o único vendedor, todos os outros eramcompradores.PS 2 - Veio então o marechal Dutra, desbaratou esse saldo formidável. Seentregou aos americanos, especialistas em comprar ouro a preço dematéria plástica e vender matéria plástica a preço de ouro.

Nenhum comentário: