quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A VERDADE SOBRE A HISTÓRIA DA URSS PRECISA SER CONTADA, PRINCIPALMENTE OS PAPÉIS DECISIVOS DE LENIN E STALIN NESTE PROCESSSO

JOSEF STALIN

Enviado para Especial, Marxismo | Enviado em 29-03-2010
Tags:Lênin, Stálin, URSS

Jossif Vissarionóvich Dzugasvili Stálin nasceu em 21 de dezembro de 1879 em Gori, província de Tífilis, Geórgia, região da Transcaucásia. Seu pai, Vissarion Ivanovich era filho de camponês pobre, tornou-se sapateiro autônomo e, depois, operário de uma fábrica de calçados. Sua mãe, Catarina Gueorguievna, filha de servo (camponês pobre).
A Rússia era o país mais atrasado da Europa, tinha como base a agricultura caracterizada pelo latifúndio e regime de servidão. Mas nas últimas décadas, o capitalismo avançava, lutas operárias vinham acontecendo, formando-se um campo fértil às idéias revolucionárias. Círculos clandestinos para estudo e divulgação do marxismo foram formados por intelectuais. O desafio era como fundir a teoria marxista com o movimento operário, o que foi conseguido por Lênin (V. A Verdade, nº 49), com a União de Luta pela Emancipação da classe operária de São Petersburgo. Em 1898 fundou-se o Partido Operário Social-Democrata da Rússia ( POSDR).

No seminário de Tífilis, Stálin conheceu a literatura marxista, entrou em contato com grupos ilegais, organizou um círculo de estudos e ingressou no POSDR no ano de sua fundação, sendo expulso do seminário no ano seguinte, em razão de suas atividades.

A partir de então, dedicou-se inteiramente à atividade revolucionária, editando publicações clandestinas, redigindo textos e artigos e fazendo a propaganda do marxismo entre os operários.

O lutador e o dirigente

No levante operário de 1905, as divergências dentro do PSODR se clarificaram: de um lado, os mencheviques, defendendo meios pacíficos de luta e, de outro, os bolcheviques que propunham transformar a greve operária em insurreição armada. Stálin defendeu esta posição firmemente na Primeira Conferência Bolchevista de toda a Rússia, ocasião em que se encontrou com Lênin pela primeira vez e, juntos, redigiram as resoluções do Encontro. A insurreição aconteceu em dezembro de 1905 e foi derrotada.

Stálin redobrou o trabalho de base, concentrando suas atividades na região petrolífera de Baku: “Dois anos de atividade revolucionária entre os operários da indústria petrolífera temperaram-me como lutador e como dirigente. Conheci pela primeira vez o que significava dirigir grandes massas operárias”.

Em 1912, na Conferência de Praga (Checoslováquia), dada a impossibilidade de realizá-la na Rússia, os bolcheviques decidem organizar-se em partido independente, afastando completamente os mencheviques e adotando o nome POSDR (b), isto é, bolcheviques. Stálin estava na prisão, de onde fugiu pouco depois, participando com Lênin da criação do PRAVDA (A Verdade). Indicado para dirigir o grupo bolchevique na Duma (parlamento russo), foi detido mais uma vez e enviado para longínqua cidade da Sibéria, de onde só sairia com a revolução (burguesa) de fevereiro de 1917.

A jornada de luta dos operários, que acontecia desde o início do ano de 1917, se amplia e obtém a adesão de um grande número de soldados sublevados em razão das precárias condições em que enfrentavam os alemães (1ª guerra mundial). A insurreição culmina com a derrubada do czarismo e constituição de um governo burguês, provisório. Livre, Stálin se desloca para Petrogrado e no dia 16 de abril está à frente de uma delegação operária, recebendo Lênin (retornava do exílio) na estação Finlândia. Uma semana depois, realizou-se a sétima Conferência e ele foi eleito para o birô político do Partido Bolchevique.

Organizam-se os soviets (conselhos) de operários, camponeses e soldados, que em pouco tempo instauram uma situação de dualidade de poder. Lênin propõe a passagem da revolução democrático-burguesa para a revolução socialista e em julho/agosto realiza-se o II Congresso do Partido. Al-guns delegados defenderam que não era o momento para esse salto, por falta de apoio dos camponeses ou mesmo porque só era possível construir o socialismo com a vitória da revolução nos países euro- peus. Stálin pronunciou: “ …É necessário desprezar essa idéia caduca de que só a Europa pode nos indicar o caminho. Há um marxismo dogmático e um marxismo criador. Eu me situo no terreno do segundo”. Esta era também a visão de Lênin e da esmagadora maioria dos bolcheviques, o que tornou possível a revolução socialista de outubro.

Stalin esteve à frente de todos os preparativos para a insurreição e integrou o grupo que conduziu o Comitê Militar Revolucionário. O levante começou no dia 6 de novembro, à noite. No dia 7, rapidamente, as tropas revolucionárias tomaram os principais pontos de Petrogrado e o Palácio de Inverno, onde se tinha refugiado o governo provisório. Quando o II Congresso dos Soviets se instalou naquele mesmo dia, proclamou: “… apoiando-se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e camponeses e na insurreição triunfante levada a cabo pelos operários e a guarnição de Petrogrado, o Congresso toma em suas mãos o poder”.

No período de 1917 a 1924, Stálin atua ao lado de Lênin na condução do Partido e dos negócios do Estado. Durante a guerra contra-revolucionária desencadeada pela burguesia e pelos latifundiários russos, e pelos exércitos de uma dezena de potências estrangeiras, destacou-se como estrategista militar, principalmente nas frentes onde havia insegurança ou indisciplina. Sempre envolvendo a massa popular da região, Stálin conseguia debelar o foco do problema e devolver a confiança e o ânimo às tropas vermelhas que voltavam a obter êxitos.

Transformando o sonho em realidade

Em (1922), no XI Congresso, Stálin, que sempre esteve ao lado de Lênin, foi eleito para o cargo de secretário-geral e assumiu a tarefa de organizar a união livre e voluntária dos povos, vindo a constituir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Com o agravamento da saúde de Lênin, Stálin assumiu a direção do XII Congresso, propugnando o combate à tendência de retorno ao capitalismo, por má interpretação da Nova Política Econômica ( NEP) em alguns setores da economia e propôs um programa que acabasse com a desigualdade econômica e cultural entre os povos da URSS.

Lênin faleceu no dia 21 de janeiro de 1924. No XIV Congresso (1925), definiu-se como caminho para fortalecer o socialismo na URSS: “Transformar nosso país, de um país agrário num país industrial, capaz de produzir com seus próprios meios, as máquinas e ferramentas necessárias”. Não havia unanimidade quanto a essa estratégia, à qual se opunham os dirigentes Kamenev e Zinoviev, que propunham maior fortalecimento da agricultura e um ritmo de crescimento industrial mais lento. Trostki também se opunha, argumentando que Stalin estava desviando energias para o desenvolvimento econômico interno, em vez de canalizá-la para a revolução proletária mundial. Na concepção de Stálin, a melhor forma de contribuir com a revolução mundial, de fortalecer o internacionalismo proletário, seria fortalecendo o socialismo na URSS.

Para implementar a industrialização, a URSS só podia contar com as próprias forças. Havia de contar com o entusiasmo da classe trabalhadora e eliminar ideológica e organicamente os setores que se opunham à aplicação das resoluções do Congresso. “Não se podia alcançar a industrialização sem a destruição ideológica e orgânica do bloco trotskista-zinovievista” ( Stálin, Instituto Mel).

A luta contra os kulaks e os restauradores do capitalismo

O XV Congresso realizado em 1927 constatou os êxitos da industrialização. Stálin ressaltou que era necessário avançar, superando o único obstáculo existente ainda, o atraso na agricultura e indicou a solução: “passagem das explorações camponesas dispersas para grandes explorações unificadas sobre a base do cultivo comum da terra com técnica nova e mais elevada”. Destacou que essa agrupação deveria se dar pelo exemplo e pelo convencimento, não pela coerção dos pequenos e médios agricultores.

A Revolução de 1917 havia eliminado o latifúndio, transformando-o em sovkozes (fazendas estatais) e incentivava os pequenos camponeses a se organizarem em cooperativas, os kolkhozes. Agora, tratava-se de intensificar essa campanha e de neutralizar os camponeses ricos (kulaks), setor que se fortalecera durante a Nova Política Econômica (NEP).

Dentro do Partido, um grupo liderado por Bukharin, Rikov e Tomski se opôs à repressão aos kulaks, defendendo um processo gradual e pacífico de coletivização da terra. Stálin avaliava que o grupo pretendia na verdade restaurar o capitalismo e agia como agentes dos camponeses ricos e promoveu “o esmagamento dos capitulacionistas”. Em 1927, em comemoração ao XII aniversário da Revolução, escreveu: “O ano transcorrido foi o ano da grande virada em todas as frentes de edificação socialista”. Com a liquidação dos kulaks, procedeu-se à coletivização total do campo. Stálin criticou excessos praticados em alguns lugares onde se impuseram medidas para as quais os camponeses não estavam preparados e ensinou aos militantes: “…não se pode ficar à retaguarda do movimento, já que retardar-se significa afastar-se das massas, mas tampouco deve-se adiantar, já que isto significa perder os laços com as massas” (J. Stálin, Problemas do Leninismo).

Com base nos resultados alcançados, o informe dado por Stálin no XVI Congresso (1930) afirmou: “nosso país entrou no período do socialismo”. O congresso aprovou o primeiro plano qüinqüenal, cuja meta era a reconstrução de todos os ramos da economia com base na técnica moderna. Eis o balanço apresentado por Stálin no XVII Congresso (1934): “…Triunfou a política de industrialização, da coletivização total da agricultura, da liquidação dos Kulaks, triunfou a possibilidade de construção do socialismo num só país”. É lançado o segundo plano qüinqüenal, que prevê realizações em todos os ramos da economia e nos campos da cultura, das ciências, da educação pública e da luta ideológica.
Em quatro anos e três meses, o plano estava cumprido. Afigurava-se agora a necessidade de uma revolução cultural no sentido de capacitar quadros oriundos do proletariado para que dominassem a técnica e assumissem funções de direção no governo soviético. A partir do apelo de Stálin, surge o movimento stakanovista “ iniciado na bacia do Donets, na indústria do carvão, se espalhou por todo o país. Dezenas e centenas de milhares de heróis do trabalho deram exemplo de como se devia assimilar a técnica e conseguir aumentar a produtividade socialista do trabalho na indústria, na agricultura e no transporte”. (Stalin, Instituto Mel).

Em 1936, o XVIII Congresso dos sovietes aprovou a nova constituição da URSS, a constituição do socialismo, garantindo não apenas liberdades formais como as constituições burguesas, mas “amplíssimos direitos e liberdades aos trabalhadores, material e economicamente, assegurados por todo o sistema da economia socialista que não conhece as crises, a anarquia nem o desemprego”.

O XVIII Congresso ocorreu em 1939. Enquanto os soviéticos comemoravam êxitos, os países capitalistas viviam profunda crise e Hitler já ocupava as nações vizinhas da Alemanha. Em relação à política externa, o congresso aprovou a orientação de Stálin no sentido de se continuar aplicando a política de paz e de fortalecimento das relações com todos os países, não permitindo que a URSS seja arrastada a conflitos por provocadores.

Em nível interno, a tarefa lançada foi a de ultrapassar nos 10 ou 15 anos seguintes os países capitalistas no terreno econômico. No seu informe ao XVIII Congresso, Stálin concluía que “É possível construir o comunismo em nosso país, mesmo no caso de se manter o cerco capitalista”.

Comandando a guerra contra Hitler e o nazifascismo

O ano de 1940 registrou um aumento sem precedentes da produção na URSS e em 1941, quando o povo soviético se preparava para comemorar novas vitórias, Hitler rompeu o pacto e invadiu o território socialista. Para centralizar a defesa e coordenar a luta de libertação nacional, o Conselho de Comissários do Povo criou o Comitê de Defesa do Estado, nomeando Stálin seu presidente. O povo respondeu com toda disposição e os invasores, que acreditavam dominar a URSS em dois meses, fracassaram. Em 1944, se retiravam humilhados.

“Para Berlim!”, bradou Stálin, e o Exército Comunista foi libertando do jugo capitalista os países da Europa Oriental, até erguer a Bandeira Vermelha na capital alemã no dia 9 de maio de 1945.

A URSS foi o país que mais sofreu com a agressão nazista, tanto em perdas econômicas quanto em humanas, mas, poucos anos depois, já se recuperava e alcançava os níveis anteriores de produção na indústria e na agricultura, apesar da guerra fria (corrida armamentista, boicote econômico) lançada pelas potências capitalistas, especialmente os EUA, rompendo o acordo assinado na conferência de Ialta que resultara na criação da ONU.

No dia 5 de março de 1953, morreu Stálin, deixando uma lacuna jamais preenchida na URSS e enlutando também o movimento comunista em todo o mundo. Em toda a União Soviética, os operários fizeram cinco minutos de silêncio e em Moscou, 4 milhões e meio de pessoas acompanharam o enterro do seu herói e líder. Também, em vários países os operários pararam para se despedir de Stálin.

Sobre uma infinidade de acusações lançadas sobre Stálin pela burguesia mundial e pelos dirigentes russos após o XX Congresso do PCUS, fala o genial arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer: “Foi tudo invenção capitalista”.

Retirado do Jornal A Verdade, nº 51

A VERDADE SOBRE A HISTÓRIA DA URSS PRECISA SER CONTADA, PRINCIPALMENTE OS PAPÉIS DECISIVOS DE LENIN E STALIN NESTE PROCESSSO

A tradução foi feita pelo Google está truncada, nas dá para entender


Relatório do Primeiro Vice-Presidente do Conselho de Administração da UPC - o Partido Comunista e presidente do Comitê Executivo Central da União Internacional de oficiais soviéticos, o presidente do Banco Central CPRF Comité da Comissão sobre o trabalho militar-patriótico do Major-General Aviation EI Kopysheva em uma reunião do Comitê Executivo do Conselho de Administração da UPC - o Partido Comunista 27 de marco de 2010.



65 º aniversário do Dia da Vitória e do desfile na Praça Vermelha

Muitos povos do mundo e todas as forças progressistas do mundo estão se preparando para comemorar os 65 do Vitória na Grande Guerra Patriótica, sobre coalizão nazista dos Estados. A Grande Vitória teve um papel importante no destino da humanidade. Ele confirmou a vitalidade das idéias e as realizações da Grande Revolução Socialista de outubro abriu um novo período histórico das nações do planeta transição do capitalismo para o socialismo.

Na mais sangrenta guerra da história humana, a civilização socialista soviético vence martelo fascismo capital punho - inimigo da liberdade, justiça e progresso. As raízes da Grande Vitória - a essência do novo sistema sócio-político, tal como consagrado na União Soviética. A propriedade pública dos meios de produção se tornou a base para a construção de uma economia socialista ea coesão social da sociedade. política nacional de Lênin de garantir a amizade ea fraternidade entre as nações. autoridades soviéticas, guiados pela mais humana da ideologia marxista-leninista, colocou o principal objetivo do progresso social desenvolvimento integral da personalidade em termos de justiça social. É por isso que, sentindo-se o mestre do país e acreditando no poder do povo, desde os primeiros dias da guerra para lutar contra o inimigo até os jovens e velhos - a partir de escolares para o acadêmico. Trabalhadores, camponeses, intelectuais mostraram heroísmo no campo de batalha na retaguarda do inimigo e na frente de trabalho.

Temos de manter a memória sagrada dos heróis daqueles grandes batalhas. Recall detratores da Vitória que 100 cidadãos da União Soviética realizou um feito de Ivan Susanin, os estabelecimentos do inimigo nos pântanos e florestas impenetráveis. 26 soldados do Exército Vermelho ter repetido o feito como um piloto de caça, AP Maresyev retornou voluntariamente para o serviço militar após a amputação dos pés. soldados soviéticos cometeram 595 aviões, 160 tanques, 16 abalroar marinho. 506 equipes de tripulação, por exemplo, Nicholas Gastello ram feitos de fogo, enviando seus aviões para as tropas e equipamentos do inimigo. 470 soldados, bem como soldado da Guarda Alexander Matrosov, seus corpos fechar brechas pillboxes nazista e fortificações. 1206 caracteres levado ao fogo das baterias inimigas, fizeram-se explodir com granadas, junto com soldados e material militar do inimigo. Nenhum navio ou submarino da Marinha não deixou para baixo na frente da bandeira de batalha do inimigo de primeiro Estado do mundo dos trabalhadores e camponeses.

Durante a guerra 11.575 homens tornaram-se heróis da União Soviética. Entre elas estão 8.182 russo, 2.072 ucranianos, bielorussos 311, 161 tártaro, 108 judeus, 96 cazaques, 91 georgianos, 90 armênios, 69 uzbeques, 61 Mordvin, 44 Chuvash 43, do Azerbaijão, Bashkir 39, 32, um osseta, 19 moldavos, 18 Mari , 18 turcos, 15 lituanos, tadjiques 14, 13 letões, 12 quirguiz, Komi 1910, 10, Udmurt, 9 Estónia e 9 Karels, 8 Kalmyk, 7 Kabardins, 6 Adighes, 5 abkhazes, 3 Yakut. Entre os heróis - os pioneiros e os Komsomol, os homens e mulheres, membros do Partido Comunista e independentes. Essa massa de heroísmo não conhece a história de qualquer outro exército.

Organizador e inspirador da grande vitória foi do Partido Comunista, liderado por Joseph Stalin. Somente na Grande Guerra Patriótica, já matou mais de 3 milhões Comunista da União Soviética, que representou 45% de todos os mortos e morreu de ferimentos durante os combates. Os comunistas primeira rosa no último ataque e deixou o campo de batalha.

Caráter nacional do Exército soviético e da Marinha permissão para nomear e colocar na cabeça das Forças Armadas dos motivos mais talentosos comandantes das pessoas que trabalham. Nas academias militares do mundo estudou a arte das operações militares soviéticos e estratégica sob o comando do Marechais da União Soviética GK Zhukova, AM Wasilewski, IS Konev, LA Govorova, KK Rokossovskogo, RJ Malinowski, FI Tolbukhina, KA Meretskov e outros comandantes.

bom funcionamento do Exército Vermelho deu trabalho abnegado do povo soviético na parte traseira, sob o lema: "Tudo para a frente, tudo pela vitória". Imediatamente após o traiçoeiro ataque pelas forças nazis mobilização papel do Partido Comunista e do gerenciamento da rotina da economia permitiu a evacuação para a retaguarda do país por mais de 10 milhões de pessoas e 2600 empresas, cerca de 11 mil tratores e uma grande parcela de outros bens de fazendas coletivas e estatais e MTS.

Apesar da ocupação de grande parte do país em rápido desenvolvimento da indústria militar. Os esforços de cientistas, engenheiros e operários criado o melhor do mundo T-34 aviões de ataque IL-2 morteiros foguetes BM-13 - "Katyusha". Trabalhadores da borda traseira militares de cada ano, deu mais de 3 milhões de espingardas e 2 milhões de máquinas, 450 mil de luz e metralhadoras pesadas. A cada ano, 8 vezes maior o número de armas de artilharia. Fabricação de tanques, em 1945 chegou a 276% em relação a 1940. aviões soviéticos durante a guerra, recebeu mais de 59 mil combatentes, 37 mil e 17,8 mil stormtroopers bombardeiros. Alemanha nazista e seus satélites na Europa, poderia produzir apenas 60% do número de aeronaves. Indústria da URSS em abundância desde que o Exército ea Marinha todos os tipos de munições.

Em julho de 1941, a ameaça de escassez de alimentos forçaram a liderança do país a introduzir cartões de racionamento. Este tem comida garantida 80 milhões de pessoas na parte traseira e 11 milhões de soldados do Exército Vermelho. agricultores Coletiva lidou com o problema de frente e traseira de abastecimento alimentar. Enquanto em 1947 a União Soviética revertida sistema de cartão - antes de todos os países europeus envolvidos na guerra.

Sempre nos feitos da história do trabalho abnegado Soviética de mulheres e jovens, tem suportado o peso do trabalho nas fábricas, fazendas coletivas e fazendas do estado. Sua contribuição conquistas científicas e criativas de valor inestimável para a derrota do inimigo fez intelectuais populares, cientistas, cultura e arte. Os cientistas soviéticos - os médicos têm obtido ganhos significativos - mais de 70% dos soldados soviéticos e policiais voltaram ao trabalho.

A derrota do fascismo - a força do golpe do capital global - ajudaram a realização do socialista, as revoluções de libertação do povo democrático e nacional em muitos países ao redor do mundo. Formaram um sistema mundial de Estados socialistas. Foi determinada pelo colapso do sistema colonial do imperialismo. Incrementar e fortalecer o movimento trabalhista internacional. Como resultado, o planeta tinha o equilíbrio entre o sistema mundial do capitalismo e do socialismo. Alcançar a paridade estratégico-militar do mundo tem para a garantia da humanidade a partir de novas guerras em grande escala.

A grande vitória foi inspirada pelo povo soviético à greve trabalhar para superar os efeitos devastadores da Segunda Guerra Mundial, a recuperação da economia em tempo recorde. O país atingiu a vanguarda no desenvolvimento da energia nuclear e do espaço, reforçar a segurança nacional, a ciência ea cultura, da educação e do desporto no desenvolvimento humano.

Na segunda metade dos anos 80-s do século XX reencarnado, agentes de influência do imperialismo na liderança da URSS e suas repúblicas entregues conquista do mundo histórico do povo soviético vencedor. Enganando o povo o slogan "Mais o socialismo!" Pregando a "valores universais" e "democracia", eles trocaram a crença na capacidade de capturar a propriedade pública. Contrariamente ao que a decisão de um referendo março 17, 1991 sobre a preservação da União Soviética destruiu o poder poderoso, tinha uma privatização criminosa como a principal condição para a restauração do capitalismo. Os trabalhadores são confrontados com um saque sem precedentes da riqueza nacional, a exploração brutal e cultivo do materialismo. Depois República Unida da União começou a se transformar em um apêndice de matérias-primas do Ocidente capitalista. Nos povos irmãos soviéticos, separados por bairros nacional, foram em grande perigo da escravização por empresas transnacionais, e extinção.

Criminal destruição da União Soviética acabou por prejudicar o equilíbrio das forças políticas na arena internacional, a desestabilização da economia mundial eo sistema político. Este foi seguido pelo agravamento de problemas globais e contradições. Unidos no bloco militar da NATO, sob a liderança dos Estados Unidos, as potências capitalistas agressivamente lutar por recursos do planeta, recorrendo a guerras de conquista.

O objeto mais importante dos globalistas agressão imperialista são ex-repúblicas soviéticas, especialmente a Rússia, que possui uma riqueza natural enorme. A Federação Russa é cercada por um anel de bases militares da NATO no país estão autorizados a permanecer com as tropas da NATO armas e equipamento militar. Através dele, transporte terrestre e aéreo de mercadorias militares deste bloco agressiva no Afeganistão.

Refletindo os interesses da oligarquia e do comprador do capital financeiro mundial, a dominação burguesa da maioria dos comércios da CEI e do Báltico segurança nacional. Como resultado desta política é esses estados estão entre os mais afetados pela crise econômica mundial, a Rússia estava na pior posição entre os 20 países mais desenvolvidos. Medidas dos regimes dominantes na economia, demografia, educação, ciência, cultura, não só não contribuem para a crise, mas também levar à perda da independência.

governo burguês entende que a vitória sobre o fascismo - um para todos os povos soviéticos, mas a sua memória - provas vivas das vantagens do socialismo sobre o capitalismo. Como exemplo da maior patriotismo, é o elo mais forte os laços fraternais entre os nossos países, liderados pelo povo russo. É por isso sendo feito esforços persistentes em todas as formas possíveis para se calar e difamar a grande vitória, humilhando seus organizadores e criadores. No curso, há a regravação de livros didáticos, kinopodelok produção em massa ", Chernukha em mídia impressa e eletrônica. Falando a linguagem da guerra, a ocupação pela consciência das novas gerações.

O Comitê Executivo do Conselho da UPC-PCUS considera seu dever de lembrar os detratores e inimigos da União Soviética ea façanha do povo soviético, sem VI Lênin e IV Stalin, sem endurecido o Partido Comunista, criado sem o soldado do governo soviético e trabalhador todos eles voaram para a chaminé crematórios nazistas. E não é só palavras. Frenética Fuhrer planejado para se transformar em escravos de nações inteiras, para eliminar completamente os ciganos e judeus, russos e todos os eslavos. Para 20-30 anos tinha a intenção de reduzir a população da parte europeia da União Soviética a 15 milhões de pessoas dispostas a se tornarem servos dos mestres sem raízes fascistas.

Em preparação para celebrar o aniversário de 65 do Vitória do povo soviético sobre coligação fascista das nações, nós, comunistas, e todos os patriotas da pátria socialista soviética deve incansavelmente para explicar as vantagens do socialismo sobre o capitalismo. Com exemplos concretos para mostrar a humanidade eo humanismo do poder soviético e bestial, a essência exploradora do poder burguês. Precisa ser lembrado que a nossa bandeira vermelha não são acidentalmente colocado a foice, martelo e uma estrela - símbolo da unidade dos camponeses, operários e soldados.

Precisa mostrar a todos, especialmente a geração mais jovem, o perigo excepcional para rever os resultados da Segunda e Grande Guerra Patriótica. É objectivo de adoptar a mentira de que, ostensivamente, a União Soviética, e não a Alemanha nazista, foi o principal responsável pela eclosão da guerra mundial. Portanto, a Rússia deve abandonar receberam seus benefícios diplomáticos, territoriais e outras. Tudo isso leva a uma nova guerra mundial, está cheio de escalada em uma catástrofe global.

C janeiro Administração Presidencial da pessoa que gere os assuntos do cidadão VI Kozhin está sondando a opinião pública sobre o convite de tropas dos países da NATO para participar no desfile na Praça Vermelha em Moscou 09 de maio de 2010. Como poder burguês planejados, para participar do desfile são convidados por 70 membros do Reino Unido, EUA e França, com armas e equipamento militar. Opiniões sobre esta questão em uma sociedade dividida. Alguns consideram que as forças anti-Hitler de coligação que participam no desfile de aniversário em Moscou como um reconhecimento do papel de liderança da União Soviética na derrota da Alemanha nazista e seus satélites. Outros vêem neste evento a reconciliação e uma outra etapa para a conclusão da guerra fria e uma garantia contra a agressão da NATO contra a Rússia. Ainda outros são categoricamente contra a presença de autoridades da Otan na Praça Vermelha. Onde ele está?

Agradecemos o povo da Inglaterra, EUA e França para a ajuda financeira e apoio militar para o povo soviético na II Guerra Mundial, não vamos esquecer que a burguesia da Europa e os EUA criados fascismo alemão e Hitler lançou sobre a União Soviética. Na guerra contra a União Soviética estava envolvida em toda a Europa com uma população de 350 milhões de pessoas, com todas as suas economias. Mesmo países neutros, como a Suécia ou a Suíça, assistida pela Alemanha nazista, alguns de minério de ferro, aço e outro dinheiro, instrumentos de precisão, etc A população inteira da Europa conquistada, da Noruega, e termina com a França ou na Tchecoslováquia, trabalhou na Alemanha nazista, sem batidas graves e oposição. Sim, na França, o movimento de resistência matou 20 mil pessoas, enquanto na parte da frente do lado alemão é 10 vezes maior. Hitler, em essência, forçados a lutar contra nós toda a Europa. Lutaram ao lado dos nazistas quase meio milhão de romenos que chegaram até Stalingrado. Somente em cativeiro foram 500.000 húngaros, austríacos - 156 662, os tchecos e eslovacos -69.997, -60.280 poloneses, italianos - cerca de 50.000, -23.136 francês, espanhol - 50 000. Havia também holandeses, finlandeses, noruegueses, dinamarqueses, belgas e outros. Deles foi formado 53 divisões (incluindo 20 divisões SS) e 23 brigadas separadas. Não se esqueça de que a liderança da Grã-Bretanha e os EUA foram lentos na abertura de uma segunda frente e desembarcou tropas na Normandia, somente quando a vitória da União Soviética estava iminente e ameaçados com a perda de influência dos EUA na Europa. Não se esqueça que em 1949 o governo dos EUA, Inglaterra e França mudou os acordos de Potsdam Conferência de julho-agosto de 1945, que declarar a inadmissibilidade de forças predatórias. NATO foi fundada, todos cuja história desde a sua criação - uma cadeia de crimes de sangue, guerra suja contra o nacional - os movimentos de libertação dos povos pelo direito de decidir seu próprio destino. Listamos apenas os principais cometidos pelos Estados Unidos, com implicação directa de apoio ou a aquiescência de seus vassalos para bloquear a NATO:

1953 - derrubou o governo democraticamente eleito de Mohammad Mossadegh no Irã e substituído pelo Xá Reza Pahlevi, que é de 25 anos de autoritarismo governou o país e serviu como os EUA;

1954 - levaram a cabo uma intervenção armada na Guatemala, derrubou o governo democrático de Arbenz e 40 anos têm estabelecido o regime militar do país - o terror político;

1954 - 1975 gg - A agressão contra o Vietnã. Matou 3,1 milhões de pessoas, 300.000 estavam faltando.

1960 - derrubou o governo democrático no Congo, Lumumba, e traiçoeiramente assassinado;

1973 - derrubou e matou o presidente democraticamente eleito do Chile de Allende;

Quase 50 anos, os EUA realizou um bloqueio econômico de Cuba, têm organizado uma agressão armada contra o povo cubano e para assassinar seu líder, Fidel Castro.

Torn da cadeia socialista soviético em 1991, a OTAN, sob a liderança dos EUA tem cometido atrocidades na Jugoslávia, Afeganistão e Iraque. Seleciona, prepara e fornece uma gangue de terroristas internacionais. Executa a ação de terror contra interestaduais Africano, Oriente Árabe e da América Latina. Coloque seus satélites na cabeça da Lituânia, Geórgia e Ucrânia, que mergulhou o povo na pobreza e impotência. Opõe-se à união dos povos irmãos um estado de união. Saakashistov desencadeada na Ossétia do Sul em agosto de 2008.

Atualmente, as Forças Armadas da Grã-Bretanha, os Estados Unidos e França participaram na agressão contra o Afeganistão. As tropas da OTAN sob a liderança dos EUA e da participação activa da Inglaterra para se instalar na ex-repúblicas soviéticas do Báltico, na Ásia Central e na Transcaucásia. Atualmente, o saakashistov braço EUA na Geórgia, a colocação de mísseis sobre o território da Roménia, Bulgária e Polônia, realizado em conjunto com exercícios Coréia do Sul militares perto das fronteiras de um aliado da Rússia - A Coreia do Norte prepara-se para realizar este ano em grande escala exercícios militares nas repúblicas bálticas, apoiado em sua anti-russa sentimentos pró-fascista e ações.

O mundo inteiro é poupado bullying imagens de soldados americanos e britânicos no Iraque, a base dos EUA em Guantánamo, prisões secretas da CIA. Estes assassinos não são muito diferentes dos fascistas da Segunda Guerra Mundial. Por esses crimes os monstros nazistas tinham sido punidos com pena de o julgamento de Nuremberg.

Participar no desfile na oficiais da Praça Vermelha e soldados dos países da NATO, cujas mãos em seus ombros no sangue dos combatentes pela liberdade e independência de suas nações será ainda outra traição de amigos na Rússia e povo russo em todos os continentes do mundo, onde a Grã-Bretanha, EUA e França deixaram um rasto sangrento de seus crimes . Portanto, nós, os oficiais soviéticos leal ao povo de juramento de trabalho, se opôs à participação de unidades militares em Inglaterra, EUA e França, em um desfile em Moscou, em homenagem ao 65 º aniversário da vitória dos nossos avós, pais, irmãos mais velhos sobre os invasores nazistas. Além disso, exigimos a eliminação das missões da OTAN nos estados de povos irmãos, a proibição de terra e de trânsito aéreo de mercadorias através do território da URSS para as bases e as tropas da NATO no Afeganistão e da Ásia Central, os oficiais da OTAN realização de exercícios militares no território da União Soviética. Encaramos tudo isso como uma tentativa de guia EUA OTAN, juntamente com seus agentes de influência na liderança da Rússia e de outros povos irmãos para ensinar as pessoas a pensar sobre uma possível ocupação e transformação do ex-repúblicas soviéticas na colônia do "bilhão de ouro". Exigimos e exigem a dissolução da NATO, para levar à justiça os autores da agressão contra a Jugoslávia e no Iraque, a morte de Slobodan Milosevic e outros lutadores pela liberdade e independência de suas nações, crimes contra a paz ea humanidade.

No entanto, congratulamo-nos com a participação na festa como convidados de honra dos veteranos da guerra contra o fascismo em todos os países da coligação anti-Hitler. Elas podem ser por motivos de saúde para participar da passagem ou o trânsito na Praça Vermelha junto com nossos participantes na Grande Guerra Patriótica. Dado que a Rússia é um sucessor da União Soviética, é necessário convidar para nossos veteranos de férias comum de todas as antigas repúblicas soviéticas.

Bourgeois liderança da Rússia, sugerimos que parar santo simulada para cada patriota da Rússia e do homem ortodoxo Praça Vermelha. É com a permissão do presidente no mausoléu da VI Lenin, os criadores de Red Necropolis e defensores da União Soviética, o monumento a Minin e Pozharsky, Catedral de São Basílio abrigou uma pista de patinação, um snack-bar e banheiros, performances realizadas de foliões nacionais e estrangeiros, e agora planeja um desfile de "amigos klyatyh" na Rússia. Entendemos que todas as coisas Soviética, Rússia e ortodoxos representantes do regime no poder é obviamente estranho, mas há também normas de decência, que é obrigada a observar uma pessoa, mesmo com um estranho ao seu país.

Exigimos um aniversário dia 65 de a vitória não drape Mausoléu VI Lênin, em frente ao cálculo frente das tropas e equipamento militar para colocar as bandeiras da União Soviética e da Grande Vitória, hasteada sobre o Reichstag, bem como um retrato do Comandante Supremo IV Stalin. As unidades militares e peças de Forças Armadas russas deveriam ir sob essas bandeiras sob as quais eles lutaram contra os invasores nazistas. Ao acolher os convidados de honra, os participantes do desfile e os povos da Rússia a cumprir rigorosamente a verdade histórica. Comemoramos o aniversário de 65 da vitória do povo soviético sob a bandeira da VI Lenin, sob a liderança do Partido Comunista liderado por IV Stalin sobre a coalizão de estados fascistas na Grande Guerra Patriótica.

A crise mundial do capitalismo demonstrou mais uma vez que o imperialismo está levando a humanidade a um beco sem saída. Este modelo de desenvolvimento não pode proteger o mundo das crises inevitáveis, mas é capaz de reviver o nazismo e empurra a humanidade para o abismo de guerras destrutivas. De trabalhadores em todo o mundo, isso requer vigilância e associações em sua luta por um futuro decente. Fraterna dos povos, uma vez unidos Pátria exige persistência na formação da Frente Patriótica, liderado pelo Partido Comunista e outros partidos, o UPC-PCUS para neutralização conjunta contra o império globalizado.

A única alternativa a uma catástrofe planetária é a transformação socialista da vida humana. Só uma civilização socialista reviveu adotará um mundo de paz da humanidade e voltar ao caminho do desenvolvimento progressivo.

Na luta por uma sociedade socialista com a revitalização de nossas idéias dos clássicos do marxismo-leninismo. Com nós as façanhas dos criadores e defensores da pátria socialista. Com a nossa vitória sobre o fascismo na Segunda Guerra Mundial, realizado sob a bandeira de Lênin, sob a liderança do Partido Comunista liderado por Stalin. Com a nossa memória colectiva dos trabalhadores sobre as extraordinárias conquistas da nossa Pátria Soviética.

Estamos confiantes na justeza de sua causa. A vitória será nossa!

HISTORIA DOS COMUNISTAS RUSSOS

A TRADUÇÃO DO TRECHO FOI FEITA PELO GOOGLE E ESTÁ MEIO TRUNCADO, MAS DÁ PARA ENTENDER. a IMPRENSA BURGUESA TENTA ESCONDER ESTES FATOS E A IMPORTÂNCIA QUE OS COMUNISTAS RUSSOS DÃO ÁS PESSOAS DE lENIN E STALIN.

DECLARAÇÃO
O comitê executivo da União dos Partidos Comunistas - PCUS
As tropas da OTAN não têm lugar na Praça Vermelha!
09 de maio de 2010 marca 65 anos desde a vitória do povo soviético sobre uma coalizão de estados fascistas na Grande Guerra Patriótica. A administração do presidente da Federação da Rússia tenciona convidar os soldados dos países da NATO - os EUA, Grã-Bretanha e França - para participar de um desfile na Praça Vermelha, com armas e equipamento militar. Presidium do Partido Comunista Central protestou contra a decisão.
O Comitê Executivo do Conselho da UPC-PCUS, apoiando a posição da Central CPRF Comissão, expressando a opinião da maioria dos povos irmãos soviético, veteranos de guerra e frente de trabalho, considera parte inaceitável a agressão militar da NATO no desfile na Praça Vermelha. Lembramo-nos A burguesia da Europa e os EUA criados fascismo alemão e Hitler lançou sobre a União Soviética. Após a derrota do povo soviético do fascismo alemão, em 1949, a liderança dos EUA da Grã-Bretanha e França têm liderado a criação da aliança militar imperialista, da NATO, toda a história que é uma cadeia de crimes de sanguecontra o nacional - os movimentos de libertação dos povos do Irã, Guatemala, Vietname, Congo, Chile, Cuba e outros países.
Somente nos últimos anos, a aliança militar imperialista da NATO sob a liderança dos EUA tem cometido atrocidades na antiga Iugoslávia, Iraque, Afeganistão e Paquistão. Seleciona, prepara e fornece uma gangue de terroristas internacionais. Executa a ação de terror contra interestaduais Africano, Oriente Árabe e da América Latina. Colocado seus agentes de influência na cabeça da Letónia, Lituânia, Geórgia, que mergulhou a população na pobreza e impotência. Contribuíram para a saakashistov bárbaro atentado na Ossétia do Sul em agosto de 2008.
As tropas da OTAN sob a liderança dos EUA e da participação activa da Inglaterra, cercado por um anel de bases militares russas, para se instalar na ex-repúblicas soviéticas do Báltico, do Cáucaso e da Ásia Central. Atualmente os EUA estão saakashistov re-armamento na Geórgia. A colocação de mísseis no território da Roménia, Bulgária e Polônia. Realizada em conjunto com os exercícios militares da Coreia do Sul perto das fronteiras de um aliado da Rússia - Coréia do Norte. Suprimentos de armas para Taiwan, interferindo nos assuntos internos da China. Preparando-se para este ano em grande escala exercícios militares nas repúblicas bálticas, apoiá-las no sentimento anti-russo e atividades pró-fascista.
O mundo inteiro é poupado bullying imagens de soldados americanos e britânicos no Iraque, a base dos EUA em Guantánamo, prisões secretas da CIA. Estes assassinos não são muito diferentes dos fascistas da Segunda Guerra Mundial. Por esses crimes os monstros nazistas tinham sido punidos com pena de o Tribunal de Nuremberg.
É os EUA eo Reino Unido impuseram nos debates do Parlamento Europeu e declarações em que o comunismo é identificado com o fascismo, IV Stálin - Hitler, o soldado soviético - o libertador e defensor - de invasores nazistas e carrasco.
O Comitê Executivo do Conselho da UPC - os estados do Partido Comunista que participaram no desfile na Praça Vermelha para as unidades dos EUA, Grã-Bretanha e França seria outro abuso da memória dos que tombaram na luta contra o fascismo e traição anti-fascistas em todos os continentes do mundo, onde as tropas da OTAN deixaram um rasto sangrento de seus crimes.
Exigimos e exigem a dissolução da NATO, para levar à justiça os autores da agressão contra a Jugoslávia e no Iraque, e outros crimes contra a paz ea humanidade.
Ao mesmo tempo, congratulamo-nos com a participação na festa como convidados de honra dos veteranos da guerra contra o fascismo em todos os países da coligação anti-Hitler. Dado que a Rússia é um sucessor da União Soviética, é necessário convidar para nossos veteranos de férias comum de todas as antigas repúblicas soviéticas.
Bourgeois liderança da Rússia, sugerimos que parar santo simulada para cada patriota da Rússia e do homem ortodoxo Praça Vermelha. É com a permissão do presidente no mausoléu da VI Lenin, os criadores de Red Necropolis e defensores da União Soviética, o monumento a Minin e Pozharsky, Catedral de São Basílio abrigou uma pista de patinação, um snack-bar e banheiros, performances realizadas de foliões nacionais e estrangeiros, e agora planeja um desfile "Amigos klyatyh" na Rússia.
Exigimos um período de preparação para celebrar o aniversário do Dia da Vitória para decorar as cidades e aldeias dos povos fraterna de cartazes de Generalíssimo IV Stalin, Marshals Vitória, heróis de guerra e de trabalho. No dia do 65 º aniversário da Vitória não drape Mausoléu VI Lênin, em frente ao cálculo frente das tropas e equipamento militar para carregar a bandeira da União Soviética e da Bandeira da Vitória, hasteada sobre o Reichstag.
As unidades militares e peças de Forças Armadas russas deveriam ir para a Praça Vermelha, no âmbito destes banners em que lutou contra tropas soviéticas da Alemanha - os invasores fascistas
Ao acolher os convidados de honra, os participantes da parada, o povo russo e do povo irmão de respeitar a verdade histórica. Comemoramos o aniversário de 65 da vitória do povo soviético sob a bandeira VI Lenin, sob a liderança do Partido Comunista liderado por IV Stalin sobre a coalizão de estados fascistas na Grande Guerra Patriótica.
Presidente do Conselho do PCUS-UPC, GA Zyuganov
27 de março de 2010.

domingo, 19 de setembro de 2010

CHEGAR AO SOCIALISMO PELA VIA PACÍFICA?

37 ANOS DO ASSASSINATO DE SALVADOR ALENDE NO CHILE

O artigo é de Manuel Cabieses, da revista Punto Final.




Faz quarenta anos que, em 4 de setembro de 1970 Salvador Allende venceu as eleições presidenciais, embora tenha de ter ainda esperado pelo Pleno do Congresso. O triunfo de Allende constituiu-se num fato histórico e numa lição política que não devem ser esquecidos. A incansável luta para forjar uma identidade de esquerda orientada para o socialismo tinha, enfim, dado frutos. Nunca uma eleição presidencial no Chile alcançou um caráter tão dramático. Os cidadãos estavam conscientes de que estavam em jogo questões transcendentais no país, as quais determinariam seu futuro. O enfrentamento básico era entre a esquerda e a direita, representadas pelo senador Salvador Allende Gossens e pelo ex-presidente e empresário Jorge Alessandri Rodríguez. Havia um terceiro candidato, Radomiro Tomic Romero, da Democracia Cristã, com um programa que defendia o “socialismo comunitário”, que o aproximava das questões de esquerda.

A direita encurralada buscava fórmulas desesperadas para defender seus interesses. Não descartava nada. Em fins de 1969, um levante no regimento Tacna, encabeçado pelo general Roberto Viaux levou o governo de Frei Montalva à beira do precipício. Grupos de ultradireita levantavam a cabeça. No plano político, a direita postulava a “Nova República”, que esboçava elementos neoliberais e um firme autoritarismo para interditar o caminho da esquerda. Por sua parte, a Unidade Popular, ampla aliança de socialistas e comuninistas, integrava o partido Mapu, e laicos e progressistas que se definiam de esquerda. A candidatura de Salvador Allende emergia com possibilidades de vitória. A esquerda vinha ganhando terreno e um sólido movimento sindical, organizado em torno da Central Única de Trabalhadores, estendia-se ao campo por através de sindicatos agrícolas mobilizados e de grande capacidade de mobilização. O movimento estudantil, majoritariamente de esquerda, era potente e de alcance nacional. O movimento dos sem teto campeava nas principais cidades.

Existia assim uma ampla base social para o movimento político que defendia um programa centrado na nacionalização das riquezas básicas, no aprofundamento da reforma agrária e na constituição de uma área social da economia, conformada pela banca, pelos principais monopólios e empresas estratégicas. Ainda assim se propunha uma nova Constituição e uma institucionalidade de acordo com as transformações que se impulsionavam, uma ampliação da democracia e a vigência real dos direitos e liberdades individuais e coletivos. Era, em síntese, o que se conheceu como “a via pacífica do socialismo”, um projeto inédito na história da humanidade.

Internacionalmente eram os tempos da Guerra Fria; a União Soviética e o socialismo apareciam competindo exitosamente com o imperialismo. Na América Latina – a partir de 1959 com a Revolução Cubana – havia avanços populares que o Estados Unidos olhava com preocupação. Não queria “uma nova Cuba” em seu quintal. Com esse pretexto tinha invadido a República Dominicana para derrocar o governo democrático de Juan Bosch em 1964, respaldado o golpe militar no Brasil, que derrocou o presidente João Goulart. No entanto, o avanço dos povos não cessava. Na Bolívia, depois da morte do comandante Ernesto Che Guevara numa operação dirigida por estadunidenses, produziam-se avanços democráticos com o governo do general Juan José Torres (1970-71), enquanto na Argentina o peronismo impulsionava o retorno de seu líder, e no Peru o general Juan Velasco Alvarado se empenhava nas reformas anti-imperialistas e integradoras da população indígena. No Uruguai a situação era inquietante para a oligarquia.

Para os Estados Unidos, o Chile era uma peça-chave no seu xadrez de dominação regional. Nas eleições de 1964 já tinham apoiado sem disfarces a candidatura de Eduardo Frei Montalva e sua “revolução em liberdade”. Enormes fluxos de dólares financiaram uma campanha impressionante de terror contra Salvador Allende e a esquerda. O presidente Ke Kennedy - que impulsionava a Aliança para o Progresso – imaginava que a Democracia Cristã no Chile poderia se apresentar como alternativa à Revolução Cubana.

A trajetória de Salvador Allende como parlamentar e líder popular era impecável. Tinha sido ministro da Saúde do governo da Frente Popular (1938-41) e como senador foi democrata irredutível, anti-imperialista e partidário do entendimento socialista-comunista da unidade da classe trabalhadora e dos mais amplos setores da sociedade explorados pelo capitalismo. Defensor valente da Revolução Cubana, memoráveis foram suas lutas contra a Lei de Defesa Permanente da Democracia, paradigma de anticomunismo, e sua constante denúncia dos movimentos do imperialismo e da exploração feita pelas as empresas estadunidenses Anaconda e Kennecott do cobre chileno. Allende era um líder respeitado e querido pelo povo, que sabia que não seria traído por ele. Em muitos aspectos era um educador e um organizador notável, de exemplar perseverança na luta pela unidade da esquerda.

No país, a sociedade se convulsionava. Surgiam os “cristãos pelo socialismo”, os estudantes da Universidade Católica tomavam a reitoria para impor profundas reformas e denunciavam as mentiras do El Mercurio; produziu-se a tomada da Central de Santiago pelos sacerdotes, religiosas e laicos que pediam maior compromisso da igreja com o povo. O país esperava grandes mudanças no marco de um novo período histórico repleto de promessas de justiça e igualdade. A campanha eleitoral foi muito dura. A direita se lançou com tudo, reeditando – corrigida e aumentada – a campanha de terror de 1964. intensificou a pressão sobre as forças armadas, nas quais boa parte da oficialidade tinha passado pelas escolas de formação anti-subversivas do Pentágono. O financiamento da CIA voltou à carga por meio da ITT, que controlava o monopólio telefônico. Contudo, as eleições foram tranquilas e, sobretudo, estreitas. Allende obteve algo mais que um milhão de votos, ganhando por 40 000 votos de Alessandrini, e obtendo 36,3% do total de sufrágios. Tomic obteve 27,84%, com mais de oitocentos mil votos. Como boa parte da votação era antidireita, estava claro que a esquerda contava com um apoio muito superior à direita.

Os resultados foram conhecidos na tarde de 4 de stembro e de imediato Tomic reconheceu a vitória de Allende. Nessa mesma noite, depois de momentos de tensão – quando tanques do exército passaram na Alameda – houve uma enorme manifestação frente à Federação dos Estudantes do Chile. Dezenas de milhares de pessoas chegaram das periferias para celebrar a vitória. Parecia que nunca o povo tinha se sentido tão alegre e esperançado. O discurso de Allende foi emotivo e profundo. Recordou as lutas populares, os esforços cotidianos do povo para subsistir e lutar, e assumiu seu triunfo como uma continuidade com a Frente Popular e, antes, com o governo do presidente José Manuel Balmaceda – levado à morte pela oligarquia – e com a luta incansável de Luis Emilio Recabarren, organizador da classe trabalhadora chilena. Os sessenta dias seguintes, até o momento em que o novo presidente devia assumir o comando, foram emocionantes.

A direita entrou em pânico. Agustín Edwards, dono do El Mercurio, voou aos Estados Unidos para pedir ao governo do país que interviesse no Chile, a fim de impedir que Allende tomasse posse no La Moneda. Em Washington, encontrou ouvidos receptivos no presidente Richard Nixon e no seu governo. Iniciou-se assim uma onda de atos terroristas por parte de grupos de ultradireita, que recebiam alento, dinheiro e instrução terrorista a partir do exterior.

Em 3 de novembro de 1970, porém, derrotando as manobras e os atos criminosos, como o assassinato do general René Schneider, comandante em chefe do exército, Salvador Allende assumiu o país. Começou assim o governo mais progressista, liberador e popular da história do Chile. Em meio à oposição férrea e à conspiração da direita, junto com o governo dos Estados Unidos, Allende conseguiu feitos notáveis, como a nacionalização do cobre, o aprofundamento da reforma agrária, as políticas de saúde, educação e habitação, e avanços gigantescos no plano cultural. As forças criadoras do povo se desataram no influxo de um programa socialista e democrático. Os pobres da cidade e do campo alcançaram o protagonismo e a participação que, durante décadas lhes tinham sido negados. No plano internacional o Chile conseguiu um reconhecimento mundial que valorizou o projeto de avançar o socialismo em liberdade. Mas esse propósito nobre viu-se frustrado pela conspiração interna e externa, sem negar os erros da própria Unidade Popular, que culminaram com o golpe militar de 11 de setembro de 1973. O presidente Salvador Allende, fiel a seu juramento, preferiu morrer no La Moneda a trair a confiança do povo.

Hoje, como nos anos que precederam o triunfo de Allende, segue vigente a luta pelo que gestou a vitória de 1970. Referimo-nos à unidade de conjunto da esquerda, hoje atomizada. É esse o passo indispensável para construir sua própria identidade ideológica e programática e, a partir daí, avançar nos acordos políticos e sociais mais amplos. Na América Latina hoje ganham espaço tendências revolucionárias que, com suas diferentes particularidades estão fazendo o caminho que o Chile tentou. De alguma maneira os processos da Venezuela, da Bolívia e do Equador reivindicam a via pacífica do socialismo, que proclara com decidida convicção o democrata e presidente mártir Salvador Allende. Reiniciam-se tempos de revolução que, nas condições contemporâneas fazem voltar os olhos para o caminho que o presidente Allende abriu com sacrifício.

Tradução: Katarina Peixoto

MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA LEONEL BRIZOLA

O MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA LEONEL BRIZOLA
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31 Agosto 2010
Classificado em Brasil - Lulismo
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E O GOVERNO LULA

Depois dos avanços dos movimentos populares nas décadas de 1970/80, veio o retrocesso no governo de FHC. Venda (doação) do patrimônio público, o “mensalão” mineiro, compra de parlamentares, crise econômica; redução do salário mínimo.

Vem a campanha eleitoral. O PT era um partido de esquerda, como o era o arco de apoio a Lula, até que se aliasse a forças retrógradas, como o PL, o PMDB, o PTB.

Com o assassinato do prefeito Celso Daniel (até hoje não apurado), que seria o coordenador do programa de Lula, Antonio Palocci assumiu a função O projeto “Um Novo Brasil é Possível”, coordenado por Celso Daniel, foi substituído pela “Carta aos Brasileiros”, compromisso de não mexer nos privilégios dos rentistas.

Lula obteve 61,27% dos votos e Serra 38,72%. As esquerdas, finalmente chegam ao poder. Seria recuperada a soberania em telecomunicações, minério e energia e o comando operacional (as empresas) voltaria ao Estado. O Banco Central e o câmbio seriam controlados. A Lei 9.478 que extinguiu o monopólio estatal do petróleo seria revogada. Seria o fim da submissão aos organismos internacionais de controle da economia. Os aposentados recuperariam o poder aquisitivo, o Fator Previdenciário seria extinto e a Previdência teria administração quadripartite. A Convenção 158 da OIT, denunciada por FHC em 1996, seria re-implantada. O meio ambiente seria preservado. Acabaria a ditadura do capital financeiro. Eram compromissos do PT e do candidato.

Em outubro/2002, Lula ainda não empossado, reúne-se com George Bush. Lá mesmo, em Washington, anuncia o futuro presidente do Banco Central: o ex-presidente internacional do BankBoston, Henrique Meirelles que até hoje comanda a economia.

O governo assume com dois homens fortes no ministério: Antonio Paloci e José Dirceu, depois defenestrados por participação em escândalos. Concede autonomia ao BC. É elementar que quem controla a economia é que realmente governa. Mantém juros elevadíssimos, câmbio flexível e meta de inflação. As Portarias do BACEN têm valor de lei, sem que sejam submetidas ao Congresso.

Lula goza de credibilidade nos meios financeiros internacionais, não apenas devido ao presidente do Banco Central, pois, na surdina, já havia participado, em 1973, de um curso na Johns Hopikins, University em Baltimore, Maryland – USA.

Seus companheiros de política já não mais são os fundadores do PT. Agora, seus amigos são: José Sarney, Jader Barbalho, Severino Cavalcante, Fernando Collor, Renan Calheiros, Roberto Jefferson, Bispo Rodrigues, Sergio Cabral etc. Formou ampla base de apoio, com partidos ditos de esquerda, com conservadores e de direita. Os partidos de oposição, PSDB e DEM, aplaudem a política econômica. Todos os grandes partidos tornam-se farinha do mesmo saco. Fisiológicos, oportunistas, sem ideologia.

Alinham-se não só na economia. Confundem-se até nos escândalos. São os “Mensalões”, do PSDB, do PT, do DEM e outros cambalachos.

Os escândalos do governo Lula são denunciados por seus próprios aliados, como Roberto Jefferson. O operador dos “mensalões” PSDB e PT é o mesmo; os bancos são os mesmos. E mais escândalos: Mauricio Marinho, extorquindo empresário e recebendo dinheiro na ECT. Dólares na cueca, saques na boca do caixa, Sanguessugas, Dossiê Vedoin (crime eleitoral contra José Serra). Vampiros, Furacão, Navalha....A imprensa denuncia o escândalo Waldomiro Diniz, que extorquia bicheiros para o PT e o PSDB. São golpes nos já debilitados partidos e na própria democracia. Além de dinheiro vivo, há a partilha dos cargos e uso do orçamento.

O que restou das esquerdas, a parcela que saiu do governo mais os que dele não participaram, está enfraquecida; sem representação ou liderança que as aglutine.

O PT patenteou seu autoritarismo e aparelhismo. Vários fundadores já deixaram o partido: Cesar Benjamin, Plínio de Arruda Sampaio, Francisco de Oliveira, Hélio Bicudo, Milton Temer, Marina Silva, Fernando Gabeira, Cristovam Buarque etc.

O PDT trilha o mesmo caminho. Saíram: Nilo Batista, Vera Malagutti, o saudoso Fausto Wolff, Arthur Poerner, Arnaldo Mourthé etc. O presidente, doublé de Ministro do Trabalho, é o mais submisso dos ministros. Faz tudo o que seu mestre manda Porém, no Partido é, ao mesmo tempo, autoritário e bonachão. Não permite opinião diferente da dele, mas é carinhoso e dadivoso com quem quer conquistar.

. O governo paga bilhões de dólares de juros e empresta outros bilhões ao FMI com remuneração de 0,12%. Mas diz não ter dinheiro para reajuste de aposentadorias e pensões Não toca nos oligopólios que manipulam a mídia, como fizeram a Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia, Uruguai e Nicarágua. Permite que uma família detenha mais de cem canais de TV aberta, vários canais fechados, revistas, jornais, internet etc.

Esqueceu a prometida e ansiada Reforma Política, a Reforma Tributária, a Agrária e a auditoria da dívida pública.

Fez do anúncio do Pré-Sal uma enganosa adesão ao nacionalismo, sem restabelecer a Lei 2.004. Mantém a Lei 9.478, os leilões de lençóis petrolíferos fora do pré-sal., onde já há poços (Tupi, Guará etc.) com participação de empresas estrangeiras.

Não quer ser fiscalizado; quer esterilizar o TCU e zomba da Justiça Eleitoral.

O setor elétrico está loteado; o esquema Sarney é donatário do Ministério das Minas Energia. Furnas e a administração da Petrobras pertencem ao PT.

Criou a Super-Receita, anexando a Secretaria de Receita Previdenciária à Secretaria da Receita Federal, alocando no Tesouro os recursos do INSS. Esse foi o maior crime já cometido, em toda a história, contra a Previdência Social. E mata as aspirações dos trabalhadores de uma Previdência administrada por trabalhadores, empregadores, aposentados e governo. Não acabou com o Fator Previdenciário.

A Convenção 158 da OIT, que veda demissões imotivadas, denunciada por FHC, não foi restabelecida, mesmo com o presidente do PDT no Ministério do Trabalho. E a Convenção 151 foi esquecida.

De todos os crimes do governo FHC, os piores foram a debilitação dos direitos trabalhistas e a criação de gigantescos conglomerados financeiros com dinheiros públicos. Lula não fez diferente. Através de corrupção, cooptou grande parte do movimento sindical, cujos dirigentes abandonaram a defesa dos trabalhadorres, ocupando-se em ganhar espaços na administração pública.

Através dos bancos públicos e dos fundos de pensão, derramou dinheiro público para grandes empresas nacionais e estrangeiras, para o agronegócio e para banqueiros. Gigantescos conglomerados passaram a dominar a economia.

A dívida pública, em fevereiro, ultrapassou a 2 TRILHÕES de reais. O governo orgulha-se por manter uma reserva financeira de mais de duzentos bilhões de dólares, pela qual recebe juros de 0,12% a 1%, mas paga 10,75% para captar.

Entre mais de uma centena de exemplos, citamos:

O Banco Votorantim, que atua em vários segmentos da economia, estava falido. A operação para salvá-lo foi um escândalo: o Banco do Brasil comprou 49,99% do capital votante pagando o preço de todo o banco. E o BNDES concedeu R$ 2,4 bilhões para a Votorantin Papel e Celulose comprar ações da Aracruz Celulose, que estava em dificuldade. A política de Lula é a mesma de FHC: o Estado fica com os prejuízos e os ganhos ficam com os magnatas. É capitalismo sem risco, bancado pelo Estado.

As empreiteiras levam vantagens absurdas; com recursos do BNDES passaram a atuar em vários segmentos como petroquímica, agronegócio, mineração, telecomunicações, produção de etanol, petróleo, saneamento, açúcar, energia elétrica, rodovias. São inúmeros exemplos, mas citamos A Andrade Gutierrez, dona da Telemar, que é dona da OI, que comprou a Brasil Telecom, graças a o BNDES ter emprestado R$ 2,6 bilhões em 2008 e R$ 4,4 bilhões em 2009. Na operação, houve denúncias de doações a parentes de pessoas influentes no governo. Essa empreiteira hoje tem mais as seguintes empresas: Dominnó Holding S.A., Water Port S.A., Corporación Quiport, CCR-Cia. de Concessões Rodoviárias, RME-Rio Minas Energia. Da mesma forma a Odebrecht, a Camargo Correa, a Mendes Junior, a Queiroz Galvão .

A oligopolização do setor de supermercados começou com FHC e não parou nos últimos anos, inclusive com invasão de estrangeiros que engoliram redes nacionais.

A JBS Friboi (carne bovina), recebeu empréstimo de uma só vez de R$ 7,5 bilhões e entrou no mercado de capitais em 2007. Adquiriu a Swift Armour Argentina, a Swift Fiids & Co., dos EUA. a Inalca (Itália) e a Tatiara Meat Company da Austrália. Lançou debêntures e o BNDES adquiriu 65% por R$ 2,2 bilhões. E mais: em 2009 o BNDES jogou na Bertin a fábula de R$ 5,7 bilhões, logo depois comprada pela JBS, surgindo uma nova holding, que comprou a Pilgrim”s Pride. Para isso, lançou debêntures no total de R$ 3,4 bilhões e 99% foram compradas pelo BNDES. Essas operações não criaram sequer um emprego no Brasil.

Após receber R$ 100 bilhões que o governo captou pagando juros SELIC, o BNDES liberou R$ 2,5 bilhões para a Sadia fundir-se à Perdigão. Surgiu a gigante BRF Brasil Foods.

Em novembro/2008 comprou R$ 250 milhões de ações do Frigorífico Independência, anunciando mais R$ 250 milhões para março, quando, no dia primeiro de março, o frigorífico faliu (Recuperação Judicial).

Assim, o BNDES engorda os patrimônios dos acionistas das empresas. Mas em infraestrutura é um fracasso. Em 2009, o orçamento federal contemplou a rubrica saneamento com R$ 3,1 bilhão, mas foram gastos apenas R$ 1,6 bilhão. Em sete anos, a rede de esgotos cresceu apenas quatro pontos percentuais.

Assinou um Acordo Militar com os EUA, ressuscitando o que fora denunciado pelo general Geisel. É inacreditável! Além do fracasso na saúde e no ensino básico.

A nós, que conformamos uma resistência no PDT, cabe o papel de denunciar e lutar contra essas medidas lesa-pátria.

EM JULHO DE 2010

MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA LEONEL BRIZOLA

sábado, 29 de maio de 2010

TROTKISTAS CONTRA A REVOLUÇÃO CUBANA

Tres comentários sobre ataque dos trotkistas ao regime cubano, resposta do PCB aos mesmos e comentários de Blasco


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Correio Internacional: A morte de Orlando Zapata e as liberdades em Cuba Publicação da LIT-QI - Nova época, número 157 – Março de 2010
Liga Internacional dos Trabalhadores

• A morte do preso cubano Orlando Zapata Tamayo, logo após uma longa greve de fome, tem provocado uma grande polêmica internacional. É Que as circunstâncias do caso e sua repercussão internacional têm jogado luz à atuação do governo cubano e que atitude devem tomar as organizações de esquerda em casos como este. Muito mais profundamente, o debate deve nos levar a questão do que é atualmente o estado cubano, assim como o contexto geral dentro do qual deve se dar a análise do caso e a postura a se adotar.Quem era Orlando Zapata Tamayo? A maioria das organizações de esquerda saiu na defesa intransigente do governo cubano e denunciam que a repercussão da mídia é uma nova campanha imperialista contra o que consideram “o último bastião do socialismo”. O primeiro argumento neste sentido, é que ele não eram um “preso político” mas um marginal, um delinqüente anti-social que aproveitou sua condição de preso para apresentar-se como “dissidente” e começou a ser utilizado pela mídia imperialista. Tal acusação, porém, falsifica absurdamente a realidade. Por isso, é necessário ver como funciona o sistema penal cubano e quem era realmente Orlando Zapata. Porque é a partir desta questão que se começa a entender a realidade do que ocorreu.Os órgãos oficiais de Cuba e quem os apóiam tratam de mostrar Zapata Tamayo como um “preso comum”, alegando que foi detido varais vezes nos anos 90, acusado por delitos como “fraude”, “desordem pública” e “agressões” .É Sobre esta ficha jurídico-policial que se apoiam os órgãos do PC cubano para caracteriza-lo como “delinqüente”.O sistema judicial cubano, pelas razões que logo veremos, está completamente viciado. Mas vamos supor que Zapata Tamayo cometeu esses delitos pelos quais foi preso nos anos 90. Contudo, esses mesmos órgãos oficiais “esquecem” o fato de que, em dezembro de 2002, não foi detido por nenhum desses delitos, mas por ter se transformado em um opositor ao regime. Granma, jornal oficial do PC cubano, disse que foi liberado sob fiança em 9 de março de 2003 e, segundo ele, “voltou a delinqüir no dia 20 do mesmo mês”. A que se deveu essa última detenção? O que significa para Granma ‘voltar a delinqüir”?Um preso de consciência A última detenção ocorreu porque, junto a outras pessoas, realizava um a greve de fome em uma casa, organizada pela Assembleia para Promover a Sociedade Civil. Logo, é julgado e condenado por “desacato, desordem pública e desobediência ao Estado” e recebe uma pesada condenação. Desde então, vinha realizando diversos protestos exigindo sua liberdade (e ao mesmo tempo melhores condições na prisão) que culminaram com sua greve de fome que o levou à morte. A Comissão Cubana de Directos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), encabeçada pelo advogado e dissidente político Elizardo Sánchez, o reivindicava como preso político e desde 2004 a Anistia Internacional o reconhecia como “preso de consciência” (quer dizer, por suas convicções e não por delitos comuns), exigindo sua liberdade.É Muito provável que Orlando Zapata (ou a organização a que estava ligado) tiveram posições pró-capitalistas. Não temos nenhum compromisso com suas reivindicações políticas nem ideais. Ele, porém, não foi detido pois estava a favor de restaurar o capitalismo e sim por exigir liberdades democráticas ao país. O enfrentamento real que houve entre ele e o governo cubano, e o que o levo à morte, foi que o regime político não aceita que se façam atividades contra ele.É necessário se perguntar o que ocorrem em Cuba nas últimas décadas para que um operário especializado, como era Orlando Zapata na década de 80, seja condenado a longos anos de prisão só por protestar com o regime. Em segundo lugar, por que o governo cubano preferiu deixa-lo morrer antes de fazer qualquer concessão a um preso de consciência para que não sirva de “mau exemplo”.Uma atitude que indigna As circunstâncias de sua morte, e a atitude do governo de Raúl Castro de negar qualquer responsabilidade indigna aqueles que lutaram ou lutam contra as perseguições aos militantes de esquerda e que, nos cárceres das ditaduras ou dos países imperialistas, muitas vezes tiveram que recorrer a esse tipo de medida.Também indigna as declarações de Lula, presidente do Brasil, que saiu em defesa da repressão do estado cubano e atacou aos que fazem greve de fome, comparando-os com “bandidos brasileiros”. Lula “esquece” a própria experiência de luta do povo brasileiro contra a ditadura militar e as muitas vezes que, nessa época, os presos políticos utilizaram essa ferramenta, inclusive ele quando esteve preso.Algo que é mais grave ainda quando, atualmente, o imperialismo e os governos capitalistas usam as acusações de “criminosos” ou “bandidos” contra lutas sociais, como as ocupações de terra, e atacam os ativistas operários, camponeses ou indígenas que lutam contra o latifúndio ou o saque das empresas multinacionais. Ao somar-se a essas definições em Cuba, Lula serve na bandeja à direita a possibilidade de usa –las no resto dos países do mundo. A revolução cubana e a restauração É impossível entender a morte de Orlando Zapata Tamayo sem localiza-la no marco de um processo econômico social muito mais profundo: a restauração do capitalismo que viveu Cuba desde o final dos anos 80 e meados dos 90, impulsionada pelo regime do Partido Comunista.O processo aberto com a revolução de 1959, ou seja a expropriação das empresas do imperialismo ianque e da burguesia cubana e o início de uma economia planificada centralmente, transformaram Cuba no primeiro estado operário do continente latino-americano. A revolução logrou avanços imensos em áreas como Educação e Saúde, na melhor geral do nível de vida da população e a eliminação da pobreza extrema e a miséria.Cuba se converteu em um símbolo do que era capaz de lograr uma revolução socialista e os dirigentes do processo, Fidel Castro e Che Guevara, adquiriram imenso prestígio e se transformaram em uma referência política para milhões de lutadores e revolucionários do mundo. Contudo, desde o próprio início da revolução, a direção castrista se constituía numa burocracia governante que, poucos anos depois, se integrou no aparato estalinista mundial, centralizado desde a casta governante na ex-URSS.Tal ligação política se expressou no apoio de Fidel Castro à invasão do exército soviético à Checoslováquia em 1968, ou em sua orientação ao FSLN, em 1979, depois de derrotar a ditadura de Somoza, de não fazer da Nicarágua “uma nova Cuba” (ou seja, não avançar a uma revolução socialista). No interior de Cuba, impediu o exercício da democracia operária e perseguiu na só os agentes dos “gusanos” de Miami como também a seus opositores de esquerda.Ao final dos anos 80 e começo dos 90, a restauração capitalista no Leste europeu e a queda da URSS significaram um duro golpe à economia cubana, centrada na exportação de açúcar e seu intercâmbio por petróleo e tecnologia com esses países. Neste contexto, a direção castrista começou a desenvolver uma política de restauração capitalista e de desmonte das bases do estado operário. Os pilares fundamentais de uma economia planificada (o planejamento central estatal e o monopólio do comércio exterior) já não existem e a economia funciona segundo as leis capitalistas de mercado.A restauração significou a perda ou a deterioração extrema da maioria das conquistas da revolução e a volta dos males que se haviam eliminado, ou reduzido ao mínimo, como o desemprego, a prostituição, a marginalidade, as drogas e a delinqüência (dados que são reconhecidos, inclusive, pela própria direção cubana). O governo de Raúl Castro segue atacando uma após outra as conquistas que restaram: restaurantes populares, redução do orçamento da saúde e educação. Os salários dos setores operários de base são miseráveis, não existem o direito de greve nem de organização de forma independente do Estado. Assim como na China, os países estrangeiros buscam aproveitar os baixíssimos salários e as condições propícias para a acumulação de capital e assim extrair lucros extraordinários: crescem os investimentos imperialistas da Europa e Canadá, e inclusive de setores burgueses do Brasil.Uma ditadura capitalista A diferenta do que ocorreu na ex-URSS ou nos outros estado do Leste da Europa, onde, os responsáveis do processo de restauração capitalista (os regimes e partidos estalinistas) foram logo depois derrubados pelas massas, o processo cubano seguiu o “modelo chinês”. Isso significa que, as massas não conseguiram derrubar os regimes do partido dos PC’s, que continuam à cabeça do agora estado capitalista (ainda que sigam falando de “socialismo” e usando a sua simbologia).A maioria da esquerda há começou a reconhecer o que ocorreu na China, mas se nega a fazer o mesmo em Cuba e a reivindica como “o último bastião do socialismo”. É certo que a permanência da direção dos irmãos Castro, a mesma que encabeçou a revolução, pode gerar confusão. Também que o reconhecimento da restauração e a realidade cubana atual resultam dolorosos para quem viu na revolução cubana uma grande esperança. Mas isso não pode nunca justificar a negação da realidade e, menos ainda, uma política totalmente equivocada baseada nessa negação.A realidade nos indica que hoje em Cuba se dá uma péssima combinação para os trabalhadores. Por um lado, um sistema econômico capitalista de exploração, a volta de seus piores males e uma recolonização da ilha, realizada pelos imperialismos europeu e canadenses. Por outro lado, um regime ditatorial e anti-democrático transformado em sócio, impulsionador e defensor da restauração capitalista e suas conseqüências. Neste sentido, o regime cubano é semelhante ao chinês: os mesmos que antes defendiam seus privilégios como burocracia, agora defendem os novos capitalistas e seus negócios a qualquer custo.Uma ditadura que impede a liberdade de expressão e reprime qualquer corrente política que discorde de sua linha (qualquer que seja sua posição), que segundo o informe da Comissão Cubana dos Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (ligada à oposição) mantém ao menos 200 presos políticos. Anistia Internacional, por sua vez, reconhece 58 presos políticos em 2008. Mais ainda, em Cuba não há processos judiciais públicos, as audiências são fechadas, e se pode perseguir de forma implacável trabalhadores como Orlando e condena-los a 30 anos pelo “crime” de “desacato à autoridade”. Uma ditadura que teme como a peste à liberdade de manifestação: para evitar que se transformasse em um evento político, o próprio enterro de Orlando foi objeto de um cerco policial na pequena cidade de Banes, sem nenhum respeito pela dor dos amigos e familiares. Mais de 60 detenções em todo o país foram realizadas, para que os ativistas mais próximos a ele não estivessem presentes.Há outros ativistas de oposição que lutam pela liberdade dos presos políticos: um dissidente, o jornalista Guillermo Fariñas entrou em greve de fome em sua casa, em repudio à morte de Orlando e pela libertação de outros detentos. Novamente, a resposta do regime foi a de se desresponsabilizar por sua possível morte, além de o acusar de “agente dos Estados Unidos”. Um programa de liberdades democráticas Na época que era um Estado operário burocrático, já havia um intenso debate sobre Cuba na esquerda. Para a maioria das organizações, a defesa da revolução implicava também no apoio incondicional à direção castrista e seu regime. Para a corrente que hoje constitui a LIT-QI, a defesa dessas conquistas significa (assim com na ex-URSS ou na China), a realização de uma revolução política que derrotasse a burocracia e impusesse um verdadeiro regime de democracia operária. Do contrário, a manutenção do regime e da burocracia castrista acabaria levando a restauração do capitalismo, como de fato ocorreu.Naquele momento, não defendíamos as liberdades para os burgueses ou pequeno-burgueses que buscavam restaurar o capitalismo. Exigíamos democracia operária, mas não estávamos a favor de dar liberdades às frações políticas que queriam o retorno do imperialismo ou conspiravam para derrubar o Estado operário, como os “gusanos” (“vermes”) de Miami.A realidade, porém, mudou: Cuba não é mais um Estado operário com um regime burocrático, mas um Estado capitalista governado por uma ditadura. Hoje, o centro de nosso programa de reivindicações para Cuba é de luta frontal contra a ditadura e pela defesa das mais amplas liberdades democráticas (sindicais, civis e políticas). Todo revolucionário que luta contra o capitalismo e pelo poder da classe operária sabe que é necessário diferenciar os diferentes regimes de um Estado capitalista, como por exemplo, uma ditadura burguesa de um regime democrático-burguesa. Frente às ditaduras burguesas, lutamos pelas liberdades para diferentes setores sociais.Por exemplo, na Argentina, entre 1976 a 1982, ou Brasil, em 1964 a 1984, tinham setores burgueses opositores aos regimes ditatoriais. Nesses momentos, qualquer militante de esquerda estava na contramão de que esses setores fossem reprimidos pelas ditaduras. Nessas situações, lutamos pelas mais amplas liberdades democráticas para todas as correntes opositoras, incluídas as burguesas, para permitir que o povo se organize e mobilize contra esses regimes. Isso não significava nenhum compromisso com essas correntes burguesas, como o radicalismo argentino ou o MDB brasileiro, partidos que combatíamos politicamente. Nesses casos, os revolucionários chamavam a uma ampla unidade de ação, inclusive com esses setores burgueses, para combater às ditaduras, mas sempre mantendo a mais absoluta independência de classe e construindo uma alternativa que apontasse para a democracia operária. Essa unidade de ação responde ao fato de que a classe operária necessita das mais amplas liberdades democráticas para avançar em sua organização.No caso atual de Cuba, estamos diante de uma situação semelhante, para além das aparências e dos discursos. Os revolucionários devem lutar para conseguir as liberdades democráticas que facilitem a organização dos trabalhadores e a luta para a revolução socialista (no caso cubano, devamos dizer “refazer”). Por isso reivindicamos amplas liberdades democráticas, inclusive para os opositores burgueses e pequeno-burgueses e repudiamos a repressão aos dissidentes políticos, como faríamos frente a qualquer regime ditatorial burguês. Por isso, nossa posição no caso de Orlando Zapata Tamayo é que, independente das posições pró-burguesas que provavelmente mantivesse, reivindicamos sua liberdade e devemos lutar pela liberdade dos demais presos políticos que reivindicam direitos humanos e civis no país. Ao mesmo tempo, condenamos a atuação do governo cubano, responsável por sua morte.Defender as liberdades democráticas em Cuba é a melhor forma de apresentar uma alternativa contra as manobras do imperialismo. Muitas vezes, o imperialismo, utiliza as campanhas de exigência de liberdades democráticas para defender seus interesses políticos e econômicos. Em muitas ocasiões, isso o leva a questionar ditaduras. Assim o fez, por exemplo, o ex-presidente norte-americano, Jimmy Carter, com a ditadura argentina. Obama tenta vender uma imagem similar. O fato de Carter reivindicar liberdades democráticas na Argentina veria nos levar a defender essa ditadura?A esquerda deve levantar mais do que nunca as bandeiras democráticas e da defesa dos direitos humanos em Cuba. Caso contrário, essa bandeira ficará nas mãos do imperialismo e da direita, que ganharão prestigio aos os olhos dos trabalhadores, dos povos do mundo e do próprio povo cubano como os representantes da “democracia”. Se a maioria da esquerda continuar apoiando a ditadura cubana, vai facilitar a política do imperialismo de identificar a esquerda e o socialismo com a falta de democracia.A restauração do capitalismo já se produziu em Cuba, pelas mãos do castrismo à serviço do imperialismo europeu e canadense. Reivindicar a atuação do governo cubano no caso de Orlando Zapata (e toda a ação do regime) não significa hoje defender a “última fortaleza do socialismo”, mas sim defender uma ditadura capitalista. Defendê-la não contra o sistema capitalista e o imperialismo, que já voltaram na ilha, mas contra as necessidades dos trabalhadores e o povo cubano. A saída para Cuba é construir uma alternativa operária independente que enfrente à ditadura castrista e o imperialismo, e que lute por uma nova revolução socialista.
-------Mensagem original-------



Resposta do PCB ao artigo do LQI sobre CUBA

Defender a Revolução Cubana é uma questão de princípio
(Nota Política do PCB)


Encontra-se na página eletrônica do PSTU uma nota assinada pela autodenominada LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional), sob o título “A morte de Orlando Zapata e as liberdades em Cuba”.
Esta “liga” é a mesma que ajudou a burguesia venezuelana a dizer não, no referendo constitucional convocado por Chávez, em 2008, e que recomendou abstenção no referendo revogatório convocado pelo Presidente boliviano, em 2009, sob a consigna “nem Evo nem oligarquia”, fazendo o jogo dos separatistas de Santa Cruz de la Sierra, que agem sob o financiamento e as ordens da embaixada norte-americana, da USAID e da CIA.
No exato momento em que a mídia hegemônica mundial promove uma torpe e cínica campanha contra Cuba, esta “internacional” de fachada objetivamente se associa ao imperialismo para combater a Revolução Socialista Cubana, que vem de completar históricos 50 anos de avanços políticos e sociais e de resistência ao cruel bloqueio que lhe movem os Estados Unidos.
Apesar da débâcle da União Soviética e das demais experiências de construção do socialismo no Leste Europeu, apesar do bloqueio e das incontáveis provocações que lhe move o imperialismo, Cuba mantém a mais efetiva democracia popular direta do mundo e conquistas sociais inimagináveis em qualquer país capitalista. Não existe nenhum país mais solidário e internacionalista do que Cuba, que forma estudantes do mundo todo e mantém em muitos países periféricos, sobretudo na América Latina, profissionais das áreas da saúde da família e da educação, com destaque para a luta contra o analfabetismo, já erradicado na Bolívia e na Venezuela.
A LIT-QI usa contra Cuba uma linguagem de esquerda que, aos menos avisados, pode soar como revolucionária. Por isso, seus pronunciamentos são funcionais ao imperialismo, para tentar passar ao mundo a impressão de que o governo cubano está isolado, ou seja, não é só a direita que o combate.
Num malabarismo teórico desonesto, a nota afirma que em Cuba há uma “ditadura capitalista” que precisa ser derrubada em aliança com a burguesia cubana de Miami! Compara o regime cubano com as ditaduras militares que marcaram o Cone Sul nos anos 1960/1980. A má-fé e a manipulação ficam evidentes quando agora defendem como correta a política de frente democrática contra aquelas ditaduras, política que combatiam ferozmente à época.
Pode ser até compreensível a associação de grupos como este, na Polônia nos anos 80, ao “Solidarinosc” e a seu líder, Lech Walesa, mesmo sendo flagrante a direção da CIA e do Vaticano. Em função dos erros na construção do socialismo, ali havia um movimento de massas dissidente, com peso na classe operária. Mas em Cuba, a “dissidência” é dirigida por organizações burguesas, financiadas pelos Estados Unidos, inclusive as que são mencionadas no texto da autoproclamada internacional, que não tem qualquer peso político naquele país. A única alternativa ao atual sistema cubano é o imperialismo, através da burguesia de Miami.
Este tipo de orientação só se presta a fomentar em alguns países o surgimento de organizações pequeno-burguesa, messiânicas e sectárias. Como seitas, se reivindicam vocacionados para dirigir as massas e a revolução socialista. Quando não os dirigem, consideram que todos os movimentos ou processos de mudanças vivem “crise de direção”.
No momento em que o imperialismo, em função da crise de seu sistema, assume uma agressividade inaudita nas últimas décadas, não conciliaremos com essas posições pequeno-burguesas. Classificar a Revolução Cubana de “ditadura capitalista” é fazer o jogo da contra-revolução.
Por isso, o PCB terá imensas dificuldades em se relacionar com organizações políticas que venham a defender em nosso país orientações deste tipo. Mesmo que subjetivamente se percebam revolucionários, estes grupos objetivamente fazem o jogo do imperialismo, funcionando como a sua mão esquerda. O deputado Jair Bolsonaro, líder da ultradireita brasileira, também está divulgando um manifesto com a mesma linha política: “irrestrito apoio e solidariedade aos presos políticos que, em Cuba, lutam por liberdade e democracia naquele país”.
A posição que o Comitê Central do PCB aqui expõe não tem qualquer sentido antitrotskista, só porque aquela liga se reivindica, arrogantemente, a única referência mundial contemporânea do legado de Trotsky. A grande maioria das organizações e personalidades que têm a mesma referência teórica, no Brasil e no mundo, combatem veementemente as posições internacionais deste grupo, que só trazem prejuízos à luta do proletariado.
O PCB, que assume todos os seus 88 anos de vida, já superou o maniqueísmo reducionista, procurando fazer, nos dias de hoje, um balanço do socialismo com base nos fundamentos teóricos que nos legaram Marx, Engels, Lênin e outros intelectuais orgânicos e não em torno de culto a personalidades, sejam quais forem.
O PCB fica com Cuba e o socialismo!
O PCB fica contra o imperialismo!
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central – abril de 2010


Comentário de Blasco Miranda de Ourofino sobre a resposta do PCB dada ao LQI

Prezados companheiros

Muito bom e feliz o artigo "Defender a Revolução Cubana é uma questão de Princípio". Não poderia ser outra a posição de nosso partido. São decisões como esta que estão nos levando ao crescimento, simpatia e respeito do povo de nosso país. Estamos honrando o nosso passado. Temos entretanto uma correção que julgamos necessária se fazer, pois nosso partido nesta fase de difícil reconstrução não pode compactuar e nem aceitar as nefastas organizações trotkistas que tantos prejuízos tem causado ao movimento revolucionário mundial, conseguindo através de suas representantes tipo PSTU, PSol e outros grupelhos irresponsáveis, iludir grande parte de nossa juventude com mentiras principalmente sobre a história da gloriosa Revolução de Outubro através de falsas e inverídicas interpretações da mesma. Não podemos nos esquecer o quanto o movimento Trotkista tem contribuído para entusiasmar e iludir nossa juventude com as publicações de artigos e livros romanceados e personalistas do traidor Trotski. Não se esqueçam os companheiro que estes livros e artigos estiveram cuidadosamente arquivados durante anos em Harvard no país da CIA e em Amstnerdam, que foi no século passado o centro mundial do sionismo. Nosso partido tem sim que combatê-los, denunciá-los como forças retrogradas e traidoras do Socialismo. Lembremos que foram os Trotkistas, na 2ª Guerra Mundial lá em França os organizadores de brigadas para combater a União Soviética, só não o conseguindo realizar o intento, por impedição do próprio governo colaboracionista de Vichy. Qualquer um sabe e principalmente nós comunistas devemos ter bem claro que os Trotkistas sempre foram anticomunistas e anti União Soviética. Os Trotkstas entraram em delírio quando Kruschov iniciou o derrubamento da pátria socialista, dando vazão ao seu antiestalinismo doentio e contribuíram ativamente com Brejenev, e Gorbachov na terrível traição perpetrada contra o os trabalhadores de todo o mundo. Os Trotkistas deram apoio declarado e exagerado ao pelego sindical Lesch Valessa, que a serviço da CIA e do Vaticano ajudou a derrubar o governo socialista da Polonia. Os Trotkistas organizaram na Ucrânia, com ajuda das forças nazista de ocupação um governo provisório para substituir Stalin o comandante em chefe do vitorioso Exército Soviético, exército este que após a vitória de Stalingrado conseguiu derrotar as forças nazistas e vencer a 2ª Guerra Mundial. Condenaram a ocupação soviética da Checo Eslováquia em solidariedade ao povo checo e seu governo socialista aos 28 de Agosto de l968, pois para eles trotkistas os soviéticos estavam acabando com uma das experiências mais ricas de luta pela liberdade e autonomia. No caso da Hungria também entraram no mesmo delírio apregoando aos quatro ventos que o povo com o levante em 23 de Ourubro de 1956 estava lutando contra a opressão stalinista do governo soviético sobre o governo húngaro, esquecendo-se que Stalin já havia falecido em 1953 e que em fevereiro de 1956 ( seis meses antes do levante húngaro) no Famigerado XX Congresso do PCUS o traidor Kruschov já havia iniciado o processo de desestalinizaçaõ. Kruschov era Stalinista? São os Trotkistas que hoje estão combatendo os governos do Vietnam, Coréia do Norte, China e Cuba, alegando que nestes paises não há liberdade de imprensa, de ir e vir e entre outras idiotices, alegam falta de eleições livres e democráticas. Em seu livro sobre a guerrilha na Bolívia Bernardo Pericas cita entrevista de Che Guevara em que o mesmo falando sobre Hugo Blanco ,combativo guerrilheiro peruano, diz que o mesmo nunca chegaria a lugar nenhum,mesmo sendo muito dedicado á guerrilha peruana, por ter formação formação trotkista. Realmente o mesmo abandonou a guerrilha e foi ser deputado federal em seu país. Nestes 89 anos ( desde 1929, ano da expulsão do traidor Trotski) de trotkismo alguém pode citar alguma Revolução, mesmo não vitoriosa, feita pelos trotkistas? Bem camaradas, daria para escrever um livro sobre os prejuízos causados á luta pelo Socialismo, causado pelas organizações Trotkistas. Por este motivo não concordamos com a ressalva que o Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro faz, quando diz: A posição que o Comitê Central do PCB aqui expõe não tem qualquer sentido antitrotskista, só porque aquela liga se reivindica, arrogantemente, a única referência mundial contemporânea do legado de Trotsky. A grande maioria das organizações e personalidades que têm a mesma referência teórica, no Brasil e no mundo, combatem veementemente as posições internacionais deste grupo, que só trazem prejuízos à luta do proletariado.
São os trotkistas sim,em suas diversas ramificações de grupelhos partidários bem articulados ou em organizações de estudo que estão a anos dificultando a organização popular contra o imperialismo, pois os mesmo estão e sempre estiveram a serviço das forças mais reacionária, divisionistas e reformistas. A luta anti trotkista deve ser assumida abertamente. Não há meio termo. Só se engana quem quiser ser enganado e o PCB deve se defender de qualquer iinfiltração ou ingerência de traidores em nosso glorioso partido. AtenciosamenteBlasco Miranda de OurofinoPCB em BrasíliaMédico aposentado


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terça-feira, 4 de maio de 2010

CRIMES DE GUERRA ESTADUNIDENSES

UM DOS CENTENAS CRIMES DE GUERRA COMETIDOS PELOS ESTADOS UNIDOS ATRAVÉS DOS TEMPOS

30/04/2010 | Breno Altman | My Lai

My Lai, o massacre que marcou a guerra


O vilarejo de Son Ly, na província de Quang Ngai, na região central do Vietnã, é de difícil acesso. Poucos turistas incluem esse povoado em seus planos de viagem. Quem vem para essa zona do país prefere os belos resorts de Da Nang, com seus campos de golfe, ou a bela cidade de Hoi An, declarada patrimônio histórico pela Unesco.

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A estrada estreita e pedregosa que parte de Da Nang é percorrida por poucos estrangeiros. Possivelmente apenas por aqueles que resolveram prestar uma homenagem ou simplesmente conhecer o cenário de um dos mais bárbaros crimes de guerra.


Os escombros da aldeia, preservados pelo Memorial, resgatam as cenas da destruição A cidade de Son Ly é dividida em diversas aldeias.
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Atualmente, no lugar do massacre, fica o Memorial a My Lai. Além de um museu com fotos e imagens, os escombros da aldeia foram reconstruidos para que o visitante saiba onde está pisando. Pode-se ver as choupanas queimadas. As pisadas dos soldados norte-americanos e dos pequenos vietnamitas no cimento. Os animais mortos. As habitações simples em que os camponeses viviam.

Uma estátua de concreto homenageia os caídos. Um mural semelhante ao quadro Guernica, de Pablo Picasso, faz pensar como My Lai foi uma atrocidade parecida com a do bombardeio nazi-fascista sobre a cidade espanhola, durante a Guerra Civil entre 1936-1939.

A cidade de Son Ly é dividida em diversas aldeias. Uma delas atende pelo nome de My Lai. Ali, no dia 16 de março de 1968, tropas norte-americanas mataram entre 347 (versão do agressor) e 504 civis desarmados (segundo o cálculo vietnamita). A maioria era de velhos, mulheres e crianças. Não foram bombas ou mísseis sem rumo. A chacina foi realizada com fuzis e metralhadoras. A sangue frio. Olho no olho.

A operação, conduzida pela Companhia Charlie, célula da 23ª Divisão de Infantaria dos EUA, foi planejada para responder aos ataques e baixas sofridos pelos norte-americanos dois meses antes, durante a chamada Ofensiva do Tet (o ano novo vietnamita). Seu serviço de inteligência tinha identificado que o 48º Batalhão da Frente Nacional de Libertação, atuante na província, teria encontrado refúgio nas aldeias de Son Ly.

A ordem do coronel Oran K. Henderson, comandante do 11º Brigada de Infantaria, foi expressa: “Entrem agressivamente. Encontrem o inimigo e o destruam”. O tenente-coronel Frank A. Barker repassou a ordem ao 1º Batalhão, ao qual se subordinava a Companhia Charlie, determinando que as casas dos moradores fossem queimadas, seus estoques de comida e poços d’água destruídos, seu rebanho aniquilado.


Corpos dos moradores de My Lai jogados à beira da estrada: massacre vitimou cerca de 500 civis. Foto de Ronald L. Baeberle, do exército norte-americano
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Coube ao capitão Ernest Medina, chefe da Companhia, dar o comando final, atendendo seus superiores. Seu raciocínio foi de uma terrível simplicidade: “Todos os habitantes das aldeias saem para o mercado às 7h. Quem não tiver saído é vietcong escondido e deve ser liquidado”. Um de seus subordinados perguntou se sua ordem incluía idosos, mulheres e crianças. Medina repetiu sua ordem anterior.

Essas declarações constam do processo que investigou o que ocorreu em My Lai. A Companhia Charlie entrou em Son Ly apoiada por uma pequena artilheria e alguns helicópteros. O primeiro pelotão, liderado pelo segundo-tenente William Calley, determinou a seus homens que atirassem contra tudo que se mexesse. Começava a chacina de My Lai.

Outros dois pelotões se juntaram ao massacre. Além de My Lai, também a aldeia vizinha de My Khe foi atacada. Um piloto de helicóptero, Hugh Thompson, viu parte da chacina quando sobrevoava o local. Corpos de mulheres e crianças estavam no solo, alguns ainda com vida. Nenhum combatente inimigo.

Pousou sua aeronave e pediu a um dos soldados, David Mitchell, sargento do primeiro pelotão, que o ajudasse a retirar os feridos da fossa na qual estavam jogadas. A resposta foi que ele o ajudaria a “mandá-los para o inferno”. Chocado, Thompson procurou Calley. Foi rechaçado pelo tenente, que dizia aos gritos estar cumprindo ordens.

O piloto resolveu levantar voo, não sabia o que fazer. Foi a principal testemunha contra os responsáveis diretos pela chacina.

Um fotógrafo do próprio exército dos Estados Unidos, Ronald L. Haeberle, tirou as fotos que chocariam o mundo. Depois de passar para a reserva, vendeu os negativos para um pequeno jornal de Cleveland, Estado de Ohio, chamado The Plain Dealer, que as publicou em novembro de 1969. No mês seguinte a revista Life reproduziria as fotos.

O primeiro relatório sobre My Lai noticiava a morte de 128 guerrilheiros vietnamitas e 22 civis durante ”combate feroz”. Os oficiais encarregados da ação foram cumprimentados pelo general William C. Westermoreland.

O massacre só não foi varrido para debaixo do tapete porque um soldado da Companhia Charlie, Ron Ridenhour, que não participou da operação, escreveu uma carta ao presidente da República e membros do Parlamento norte-americano.

Um ano depois do genocídio, uma investigação foi aberta. O exército tentou esconder o quanto pode os acontecimentos de My Lai. Mas o escândalo veio a público e foi determinante para a escalada da mobilização contra a guerra. Além das crescentes perdas humanas, que abalavam a sociedade norte-americana, tinha ido para o fundo do poça a credibilidade dos senhores das armas.

Vários oficiais foram processados. Mas apenas William Calley foi condenado. Saiu da corte marcial com uma sentença de prisão perpétua. No dia seguinte à condenação, o presidente Richard Nixon determinou que cumprisse sua pena em prisão domiciliar, dentro do Forte Benning, enquanto corresse sua apelação. A sentença original foi comutada para 20 anos, depois para dez.

Mas Calley cumpriria pouco mais de três anos por sua participação em My Lai.