quarta-feira, 25 de novembro de 2009

BASES MILITARES ESTADUNIDENSSES NA COLOMBIA

Sr Senador
Porque os ilustres senadores nada dizem sobre a provocativa anexação militar da rica Colombia pelo Império do Mal? Ficam blasferando contra Hugo Chaves que teve e tem a coragem e patriotismo de enfrentar os perigosos estadounidenses, a troco de que? Já está na hora desse senado acostumado a andar de cócoras perante o LULA, que pelo menos não o façam ante o Império estadounidense. Pensem um pouco um Brasil grande e no perigo pra a Amazônia brasileira que as sete bases militares em Colombia representam. O brasileliro já está cansado de tanta subserviência e não é atoa que muito julgam completamente inútil a existência do atual dispendioso senado.
Atenciosamente
Blasco Miranda de Ourofino


Assunto: Bases militares dos EUA na América do Sul

ANEXAÇÃO DA COLOMBIA AOS ESTADOS UNIDOS

Por Fidel Castro Ruz - 6.11,2009
Agência Cubana de Notícias - www.cubanoticias.ain.cu


Qualquer pessoa medianamente informada compreende de imediato que o
adoçado "Acordo Complementar para a Cooperação e a Assistência Técnica
em Defesa e Segurança entre os governos da Colômbia e dos Estados
Unidos", assinado em 30 de outubro e publicado na tarde do dia 2 de
novembro equivale à anexação da Colômbia aos Estados Unidos.

O acordo põe em dificuldades a teóricos e políticos. Não é honesto
guardar silêncio agora e falar depois sobre soberania, democracia,
direitos humanos, liberdade de opinião e outras delicias, quando um
país é devorado pelo império com a mesma facilidade com que um lagarto
captura uma mosca. Trata-se do povo colombiano, abnegado, trabalhador
e lutador. Procurei no longo calhamaço uma justificação digerível e
não encontrei razão alguma.

Nas 48 páginas de 21 linhas, cinco são dedicadas a filosofar sobre os
antecedentes da vergonhosa absorção que torna a Colômbia em território
de ultramar. Todas se baseiam nos acordos assinados com os Estados
Unidos após o assassinato do prestigioso líder progressista Jorge
Eliécer Gaitán no dia 9 de abril de 1948 e a criação da Organização de
Estados Americanos em 30 de abril de 1948, discutida pelos Chanceleres
do hemisfério, reunidos em Bogotá sob a batuta dos Estados Unidos nos
dias trágicos em que a oligarquia colombiana truncou a vida daquele
dirigente e desatou a luta armada nesse país.

O Acordo de Assistência Militar entre a República da Colômbia e os
Estados Unidos, no mês de abril de 1952; o vinculado à "uma Missão do
Exército, uma Missão Naval e uma Missão Aérea das Forças Militares dos
Estados Unidos", assinado no dia 7 de outubro de 1974; a Convenção das
Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias
Psicotrópicas, de 1988; a Convenção das Nações Unidas contra a
Criminalidade Organizada Multinacional, de 2000; a Resolução 1373 do
Conselho de Segurança de 2001 e a Carta Democrática Interamericana; a
de Política de Defesa e Segurança Democrática, e outras que são
invocadas no referido documento. Nenhuma justifica transformar um país
de 1 141 748 quilômetros quadrados, situado no coração da América do
Sul, em uma base militar dos Estados Unidos. A Colômbia tem 1,6 vezes
o território de Texas, segundo Estado da União em extensão
territorial, arrebatado ao México, e que mais tarde serviu de base
para conquistar a sangue e fogo mais da metade desse irmão país.

Por outro lado, transcorreram já 59 anos desde que soldados
colombianos foram enviados até a longínqua Ásia para combaterem junto
às tropas ianques contra chineses e coreanos no outubro de 1950. O que
o império tenta agora é enviá-los a lutar contra seus irmãos
venezuelanos, equatorianos e outros povos bolivarianos e da ALBA para
destruir a Revolução Venezuelana, como tentaram fazer com a Revolução
Cubana no mês de abril de 1961.

Durante mais de um ano e meio, antes da invasão, o governo ianque
promoveu, armou e utilizou os bandos contra-revolucionários do
Escambray, como hoje utiliza os paramilitares colombianos contra a
Venezuela.

Quando o ataque de Bahia dos Porcos, os B-26 ianques tripulados por
mercenários que operaram desde a Nicarágua, seus aviões de combate
eram transportados para a zona das operações num porta-aviões e os
invasores de origem cubana que desembarcaram naquele ponto vinham
escoltados por navios de guerra e pela infantaria de marinha dos
Estados Unidos. Hoje seus meios de guerra e suas tropas estarão na
Colômbia não apenas como uma ameaça para a Venezuela senão para todos
os Estados da América Central e da América do Sul.

É verdadeiramente cínico proclamar que o infame acordo é uma
necessidade de combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo
internacional. Cuba tem demonstrado que não é preciso a presença de
tropas estrangeiras para evitar a cultura e o tráfico de drogas e para
manter a ordem interna, apesar de que os Estados Unidos, a potência
mais poderosa da terra, promoveu, financiou e armou durante dezenas de
anos as ações terroristas contra a Revolução Cubana.

A paz interna é uma prerrogativa elementar de cada Estado; a presença
de tropas ianques em qualquer país da América Latina visando esse
objetivo é uma descarada intervenção estrangeira em seus assuntos
internos, que inevitavelmente provocará a rejeição de sua população.

A leitura do documento demonstra que não apenas as bases aéreas
colombianas são postas nas mãos dos ianques, mas também os aeroportos
civis e no fim das contas, qualquer instalação útil a suas forças
armadas. O espaço radioelétrico fica também à disposição desse país
portador doutra cultura e de outros interesses que não têm nada a ver
com os da população colombiana.

As Forças Armadas norte-americanas gozarão de prerrogativas excepcionais.

Em qualquer parte de Colômbia os ocupantes podem cometer crimes contra
as famílias, os bens e as leis colombianas, sem ter que responder
perante as autoridades do país; a não poucos lugares levaram os
escândalos e as doenças, como o fizeram com a base militar de
Palmerola, nas Honduras. Em Cuba, quando visitavam a neocolônia,
sentaram-se escarranchados sobre o colo da estátua de José Martí no
Parque Central da capital. A limitação vinculada ao número total de
soldados pode ser alterada a pedido dos Estados Unidos, sem restrição
alguma. Os porta-aviões e navios de guerra que visitem as bases navais
concedidas terão quantos tripulantes precisarem, e podem ser milhares
em um só de seus grandes porta-aviões.

O Acordo será prorrogado por períodos sucessivos de 10 anos e ninguém
pode alterá-lo senão no fim de cada período, comunicando-o com um ano
de antecedência. O que farão os Estados Unidos se um governo como o de
Johnson, Nixon, Reagan, Bush pai ou Bush filho e outros semelhantes
recebesse a solicitação de abandonar Colômbia? Os ianques foram
capazes de derrocar dezenas de governos em nosso hemisfério. Quanto
duraria um governo na Colômbia se anunciasse tais propósitos?

Os políticos da América Latina têm agora perante si um delicado
problema: o dever elementar de explicar seus pontos de vista sobre o
documento de anexação. Compreendo que o que acontece neste instante
decisivo das Honduras ocupe a atenção dos meios de divulgação e dos
Ministros das relações Exteriores deste hemisfério, mas o gravíssimo e
transcendente problema que acontece na Colômbia não pode passar
inadvertido para os governos latino-americanos.

Não tenho a menor dúvida sobre a reação dos povos; sentirão o punhal
que se crava no mais profundo de seus sentimentos, especialmente no
profundo da Colômbia: eles opor-se-ão, jamais se resignarão a essa
infâmia!

O mundo encara hoje graves e urgentes problemas. A mudança climática
ameaça a toda a humanidade. Líderes da Europa quase imploram de
joelhos algum acordo em Copenhague que evite a catástrofe. Apresentam
como realidade que na Cúpula não se alcançará o objetivo de um
convênio que reduza drasticamente a emissão de gases estufa. Prometem
continuar a luta por consegui-lo antes de 2012; existe o risco real de
que não se possa conseguir antes que seja demasiado tarde.

Os países do Terceiro Mundo reclamam com razão dos mais desenvolvidos
e ricos centenas de milhares de milhões de dólares anuais para custear
as despesas da batalha climática.

Tem algum sentido que o governo dos Estados Unidos dedique tempo e
dinheiro na construção de bases militares na Colômbia para impor aos
nossos povos sua odiosa tirania? Por esse caminho, se um desastre
ameaça o mundo, um desastre maior e mais rápido ameaça o império e
tudo seria resultado do mesmo sistema de exploração e saqueio do
planeta.

Reservas indígenas estão servindo á quem?

Assunto: O Brasil vai diminuir de tamanho...

A PRÓXIMA GUERRA

(Segue abaixo o relato de Mara Silvia Alexandre Costa, que passou
recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em
Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece)


As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil
um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a
fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
pessoas com um mínimo de instrução. Para começar o mais difícil de
encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a
proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem
gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí
vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é
funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se
concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da
prefeitura, é claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha
no comércio local ou recebe ajuda de Programas do Governo. Não existe
indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense
é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%,
descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para
se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil que liga Boa Vista a
Manaus, (cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km
da reserva indígena Waimiri Atroari por onde você só passa entre 6 da
manhã e 6 da tarde; nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos
índios (com autorização da Funai e dos norte-americanos), para que os
mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos
norte-americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território
indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande
burocracia e autorização da Funai.

Detalhe II: Norte-americanos entram na hora que quiserem, se você não
tem uma autorização da Funai mas tem dos americanos então você pode
entrar... A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou
francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na
entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras
americanas ou inglesas.

É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não
quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no
final das contas - pasme - se você quiser montar um empresa para
exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc.,
medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode
se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e
americanas, que vêm patenteando a maioria dos produtos típicos da
Amazônia.

Por três vezes repeti a seguinte frase, após ouvir tais relatos: "-É, os
norte-americanos vão acabar tomando a Amazônia" - e em todas elas ouvi
a mesma resposta, em palavras diferentes... Vou reproduzir a resposta
de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próxima a
Mucajaí: " -Irão, não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é
deles, eles comandam tudo,
você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar
essa guerra aí, eles virão pra cá e vão fazer o que fizeram no Iraque,
quando
determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra! Aqui
vai ser a mesma coisa."

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de
nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de
nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão
libertando os nossos povos indígenas... Dá para lembrar aos
"esquecidos" brasileiros simpatizantes da causa qual o tratamento que
um general yankee (Gen. Custer) deu às evoluídas tribos deles
(cherokee, sioux etc.), enquanto nosso General Rondon afirmava aos
seus comandados em relação aos nossos brasileiros índios - "morrer, se
preciso for, matar, NUNCA!"

Fiquei sabendo que os amer icanos já estão construindo uma grande base
militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa
parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o
narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição,
pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem
estrada para as guianas e a Venezuela.

Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for
americano, europeu ou japonês (isso pode causar um incidente
diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando
venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania
venezuelana por cerca de 200 dólares. Pergunto inocentemente às
pessoas; " -Porque os norte-americanos querem tanto proteger os índios?"

A resposta é absolutamente a mesma: "porque as terras indígenas, além
das riquezas animais e vegetais e da abundância de água, são
extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser
pesadas em quilos), diamante, pedras preciosas, minério e nas reservas
norte de Roraima e do Amazonas, ricas em PETRÓLEO. Parece que as
pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que
é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma
autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.

É, pessoal, saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil
irá diminuir de tamanho... Será que podemos fazer alguma coisa? Acho
que sim. Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros
fique sabendo desses absurdos.

Um grande abraço a todos,

Mara Silvia Alexandre Costa, Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag. Patog.
FMRP - USP

TUDO EM FAMILIA

Folha de S. Paulo

Mônica Bergamo - 27/10/2009

VIDA NOVA
Depois de 32 anos de serviço público, Guiomar Feitosa Mendes, mulher
de Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal
Federal), está se aposentando. Guiomar, que está há 23 anos no STF (Gilmar
virou ministro há apenas sete anos) e já trabalhou com os
ministros Marco Aurélio Mello e Carlos Ayres Britto, no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), será agora gestora da área jurídica do
escritório do advogado Sergio Bermudes, do Rio.

Mônica Bergamo, porém, esqueceu um "pequeno" detalhe, diligentemente
notado por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada.
Mulher de Gilmar vai trabalhar com advogado de Dantas. A Grande Família

A 'colunista' Mônica Bergamo informa na Folha de hoje que a mulher de
Gilmar Dantas vai trabalhar como "gestora na área jurídica
(?) do escritório do advogado Sergio Bermudes, do Rio."

A 'colunista' Mônica Bergamo é excepcionalmente diligente e bem
informada, até certo ponto. Tão bem informada, ela se esquece de
informar que Sergio Bermudes é um dos notáveis advogados dos 100 advogados
da milícia judicial de Daniel Dantas. Ou seja, a mulher do
juiz que deu, em 48hs, dois Habeas corpus a Daniel Dantas vai trabalhar com o
advogado de Dantas.

VIVA O BRASIL !

Paulo Henrique Amorim