quarta-feira, 26 de março de 2008

STALIN o libertador da Humanidade

Este artigo e de autoria de CARLOS LOPES e foi publicado no jornal Hora do Povo
Blasco Miranda de Ourofino

terça-feira, 25 de março de 2008

STALIN

O Libertador da Humanidade
Sob o comando de Stalin, há 60 anos a Humanidade derrotava o nazismo. Ele comandou diretamente a luta, definiu a estratégia política e militar para a vitória, condensando as melhores qualidades humanas No dia 9 de maio de 1945, Stalin falou ao povo soviético e ao mundo: “O grande dia da vitória chegou. A Alemanha fascista, derrotada pelo Exército Vermelho e Forças Aliadas, reconheceu sua derrota e anunciou sua rendição incondicional. O grande sacrifício que nós tivemos de suportar em nome da liberdade e da independência da nossa Mãe-Pátria, os incontáveis sofrimentos e perdas que nossa nação sofreu durante a guerra, o duro trabalho que tivemos, tanto no front quanto na retaguarda, que nós oferecemos no altar da vitória, não foi em vão, e foi coroado com a completa vitória sobre o inimigo. Camaradas! A Grande Guerra Patriótica terminou com nossa completa vitória. Os tempos de guerra na Europa chegaram ao fim. O tempo de desenvolvimento pacífico está começando. Meus caros compatriotas, eu desejo a vocês tudo de melhor com a vitória!”. Havia sido a mais difícil, a mais dura, a mais sangrenta, a mais corajosa, a mais heróica e a mais gloriosa luta que a Humanidade já tinha travado pela liberdade. Milhões de seres humanos combateram, em todos os recantos da Terra, para derrotar a besta-fera sedenta de sangue do nazi-fascismo. Mas foi na União Soviética que Hitler e sua quadrilha imperialista de assassinos encontraram o seu fim. A tal ponto que 80% das baixas nas hordas nazistas foram devidas ao Exército Vermelho, aos guerrilheiros soviéticos e ao povo da URSS. Nunca houve tantos heróis. Vinte e sete milhões de soviéticos doaram generosamente suas vidas pela liberdade. Em massa, o povo combateu até a vitória final. Antes da agressão à URSS, os nazistas haviam ocupado toda a Europa continental, o norte da África, e reduzido a Inglaterra a um monte de escombros ameaçado de invasão. Mas na batalha de Moscou, em 1941, eles tiveram a primeira derrota – e desastrosa - desde o início de sua hedionda carreira de saque, pilhagem e crimes. No ano seguinte, Stalingrado marcou a definitiva virada na guerra e entrou, para sempre, na História como uma das mais fulgurantes páginas de amor, solidariedade, determinação e heroísmo que a Humanidade já escreveu com sua vida e com o seu sangue. E de seu território invadido e martirizado, os soviéticos arrancaram, batendo os exércitos nazistas e libertando os países ocupados, até a então capital de Hitler, Berlim, onde hastearam a bandeira vermelha sobre o Reichstag. Desde o início da invasão da URSS, os soviéticos lançaram-se à batalha com um brado: “Pela Pátria e por Stalin!”. Nunca houve um líder tão amado pelo seu povo e por todos os povos que querem ser livres, que querem um mundo melhor, uma sociedade justa, livre antes de mais nada dos aprovei-tadores, dos ladrões do trabalho dos outros, dos sanguessugas, dos agiotas que se locupletam com o dinheiro do povo, dos vigaristas e outros oligarcas - e dos serviçais de oligarcas. Assim, é natural que essa ganga, de que ainda a Humanidade não se livrou, odeie Stalin. Pois ninguém mais do que ele fez tanto para que os seres humanos fossem independentes e livres dessa raça de mortos-vivos. Sob sua liderança e direção, os soviéticos construíram o socialismo pela primeira vez na História, transformando um país atrasado num florescente, poderoso e soberano país, onde, sem que houvesse parasitas do trabalho alheio, se atingiam os maiores índices de crescimento econômico do mundo, e onde a cultura tornou-se um patrimônio de cada homem, de cada mulher, e mesmo de cada criança soviética que freqüentava a escola, isto é, todas. A melhoria crescente das condições materiais e espirituais de vida do povo era o princípio diretor da sociedade soviética. A agressão imperialista, prevista por Stalin desde o início da década de 30, fez com que a URSS tivesse que se preparar para enfrentá-la. O perigo aumentou depois da subida de Hitler ao poder na Alemanha, em 1933. As demais potências imperialistas européias – os governos e as camarilhas que dominavam a Inglaterra e a França – açulavam o nazismo contra a URSS. Criando cobras, foi inevitável que fossem os primeiros a ser atacados por elas. Mas era a URSS e o povo soviético – e, como ele mesmo disse, “o bolchevismo”, isto é, o socialismo e o comunismo - que Hitler sempre considerou como o inimigo que tinha de riscar do mapa e da face do planeta. Até então Hitler havia atacado países capitalistas decadentes econômica, militar e politicamente. Que líder havia, por exemplo, no governo da França, em 1940, com o qual seu povo pudesse se identificar? Nenhum. Eram apenas carcomidos, decrépitos, divorciados de seu próprio povo, representantes e servos de uma oligarquia financeira corrupta e frouxa, no meio da qual medrava a quinta-coluna, isto é, os traidores e futuros colaboracionistas do nazismo. Mas a URSS tinha um povo unido em torno de um líder, o maior que já existiu. Um líder que veio daquele mesmo povo, que tinha passado pelas mesmas inauditas privações, que se levantara junto com ele para construir uma nova sociedade, inédita no mundo, uma sociedade sem exploradores, sem parasitas, onde aos vagabundos, ladrões e covardes era destinado o lugar devido – que não era, certamente, entre os homens de bem, ou, pior ainda, submetendo o povo. Na URSS a quinta-coluna havia sido, como observou o honesto embaixador de Roosevelt em Moscou, Joseph Davies, esmagada antes que a guerra começasse, na segunda metade dos anos 30. Começada a guerra, Stalin, como Comandante Supremo das forças soviéticas, dirigiu o conjunto das operações e, rigorosamente, cada batalha e cada frente composta pelos exércitos. Inúmeras vezes ele chegou a dirigir diretamente não apenas os comandantes das frentes – o que fez do início ao fim da guerra – mas até mesmo os comandantes dos exércitos. Foi ele quem estabeleceu, além da estratégia política, a estratégia militar que derrotou o nazismo. Hoje, quando inúmeros generais soviéticos já publicaram suas memórias, este fato tem uma valiosa e irretorquível comprovação. Mas já estava definitivamente estabelecido durante a própria guerra. Em todo o mundo, Stalin foi considerado, porque é a mais pura e evidente verdade, o principal comandante militar da II Guerra e um dos maiores estrategistas da História, senão o maior. Por isso o povo se lançava ao combate com o brado “pela pátria e por Stalin!”: porque ninguém até hoje condensou de forma tão intensa as maiores e mais belas qualidades humanas. A solidariedade, isto é, o espírito coletivo, a capacidade de trabalhar sem descanso pela Humanidade, a disposição de sacrificar-se pelo próximo, o senso indomável de justiça, a doação por inteiro de sua vida à luta pela liberdade, o amor à ciência, ao conhecimento e à verdade. Cada soviético identificava-se, por isso, com Stalin, e daí o brado que soava a cada combate. Tais qualidades, e a força titânica com que as empregou em benefício dos seres humanos, o fizeram o líder mais amado pelos homens e mulheres da Terra, e continuarão granjeando o amor e o entusiasmo de cada vez mais gente. Porque o futuro é de homens com essas qualidades, isto é, homens de verdade. A recíproca é, naturalmente, verdadeira: os que não as têm, não querem ter, e odeiam essas qualidades, os que sobrevivem através de vampirizar os seres humanos, os que enriquecem biliardariamente com o roubo do trabalho da maioria da Humanidade, os escravagistas, em suma, os ladrões e sua corte de serviçais, covardes, criminosos de vários coturnos, psicopatas, vigaristas, vadios e anormais que detestam tudo que é humano, não podem gostar daquele que foi o seu maior inimigo, justamente porque ele é o seu mais irreconciliável oposto. Eles, portanto, o odeiam, com o ódio dos impotentes: a cada tentativa de um acadêmico ou pseudo-historiador que eles pagam para difamá-lo, mais se agiganta a figura de Stalin. Sôfregos, lançaram-se sobre os arquivos da URSS. Há 17 anos estão vasculhando esses arquivos. O que acharam lá que servisse aos seus porcos intentos? Nada, rigorosamente, nada. Acharam, como era inevitável, exatamente o contrário do que queriam. Stalin certamente não é o primeiro gigante da Humanidade a despertar o ódio e a histeria dessas pulgas. É o mesmo ódio que as pulgas da época tinham de Cristo, difamado e, inclusive, crucificado por elas. O tamanho do ódio delas é a medida da grandeza de seu alvo. Assim, a figura de Stalin continuará a crescer no afeto dos seus semelhantes – ou seja, todos os homens em todos os países do mundo – como aquele que sintetizou em si as esperanças, a luta, as qualidades e o futuro: a vitória inexorável dos seres humanos sobre a barbárie. Crescerá aqui na Terra, e certamente lá no Céu, para onde se transferiu há alguns anos. Quanto às pulgas, estas crepitarão, treme-bundas, no fogo implacável do Inferno, lá bem longe, onde ninguém mais ouvirá seus inúteis berros, tal como nos garantiu o camarada Dante, que viu algumas que já tinham chegado por lá. CARLOS LOPES

Mentiras sobre pagamento da Dívida Externa

O Bacen engana a opinião pública, a mídia aplaudeTo:
A farsa da dívida externa, a fraude da dívida interna

Por Helio Fernandes - www.tribunadaimprensa.com.br

Os madrugadores ansiosos que consultam as edições on-line dos jornaissouberam primeiro. Mas os leitores normais souberam só pela manhã: "OBrasil já tem recursos para pagar TODA a dívida externa". Não esqueceramdesse TODA, que não é elucidativo mas iliminativo.Alguma verdade? TODA a verdade? Por que o estardalhaço (manchete emdiversos jornais, privilégios em todos os noticiosos de televisão),exatamente neste momento? Interessante que a mídia aceitasse tudo, semexplicação.Vou sumarizar, revelar apenas os números verdadeiros e questionar o queo BC (de Meirelles, do alto dos seus 6 processos por crimes financeiros)publicou.Em 1960, a "dívida" externa atingiu 1 BILHÃO de dólares. Em 2000, chegoua 235 BILHÕES. Quer dizer: em 40 anos a DÍVIDA cresceu 235 vezes, émuita indignidade. E mais: nesses 40 anos, o Brasil pagou de juros dessaDÍVIDA inexistente mais de 600 BILHÕES de dólares.Por que em 2008, 8 anos depois de ter estado em 240 BILHÕES, essa DÍVIDAque começou em 1822 (com a Independência que não houve) caiu para 183BILHÕES? O Brasil teria pago 57 bilhões do principal? Nada disso, tudo"menas" verdade.O que aconteceu: há mais de 10 anos, os que tinham títulos do TesouroNacional, que rende entre 3 e 4 por cento, descobriram a DÍVIDA INTERNA,que com FHC chegou a pagar juros de 48 por cento, um crime hediondocontra o País e os 180 milhões de brasileiros.Esses emprestadores, que não são trouxas (como os que enriquecem EdirMacedo), logo, logo mudaram a DÍVIDA. Da externa passaram para ainterna, que paga a maior remuneração do mundo. Assim, qualquer um écapaz de perceber que a DÍVIDA externa teria que cair como caiu,enquanto a interna teria que subir, como subiu.Portanto, nem o governo FHC nem o de Lula têm qualquer mérito nasituação apregoada com a maior irresponsabilidade. Primeira pergunta:como é que os dois governos acumularam esses 187 bilhões e 500 milhõespara "empatarem" com a DÍVIDA externa? Elementar, trocaram a moeda boanacional pela moeda podre dos Estados Unidos. E por causa disso, há 30anos peço A-U-D-I-T-O-R-I-A da DÍVIDA EXTERNA e há menos tempo da DÍVIDAINTERNA.Primeira resposta: e se o Brasil tivesse investido esses 187 bilhões e500 milhões de dólares, até onde teríamos ido em matéria dedesenvolvimento?Segunda pergunta: como é que o Brasil até 2006 conseguiu pagar, só dejuros, anualmente, 180 BILHÕES de dólares? Não pagava todo esse total,apenas a metade, a outra metade jogava no montante ou no total daDÍVIDA, que assim vai sempre crescendo. (Desde os anos 60, economistasque serviram a diversos governos criaram a frase que seguiaminflexivelmente: "Dívida não se paga, dívida se administra").Segunda resposta: como é que o governo "arranjava" esses 90 bilhões parapagar metade da DÍVIDA interna? Como diz sempre o mesmo presidente doBanco Central: "ECONOMIZANDO". Economizando, isso não é surpreendente?Traduzindo: o governo assumiu o compromisso com o FMI de pagar pelomenos 4,5% do PIB dessa DÍVIDA. Não economizou nada, deixou de investir,preteriu o espetáculo do desenvolvimento, preferiu ficar bem com o FMI.Por hoje bastam esses dados. Mas para desmascarar os jornalões, quedizem "pela primeira vez o Brasil se encontra nessa situação", voumostrar os dados verdadeiros.PS - De 1940 a 1950, o Brasil teve formidáveis saldos externos. E nãoexistiam as duas dívidas. Também não foi muito mérito de Vargas. Emplena guerra, o Brasil era o único vendedor, todos os outros eramcompradores.PS 2 - Veio então o marechal Dutra, desbaratou esse saldo formidável. Seentregou aos americanos, especialistas em comprar ouro a preço dematéria plástica e vender matéria plástica a preço de ouro.

Ingerência estadounidense em América Latina

Injerencia norteamericana en América del SurTo: Estados Unidos intentan tomar la iniciativa en América del SurPor: Gustavo Herren (especial para ARGENPRESS.info) - 7/3/2008La dinámica del proceso de desarrollo de la guerrilla en una población,se puede representar por modelos matemáticos de propagación epidémica deenfermedades. A su vez, las ecuaciones de estos últimos tienen relacióncon aquellas de los modelos que describen el crecimiento delnarcotráfico y la delincuencia en una sociedad.Es decir, las estrategias y tácticas de lucha contra el narcotráfico sonconexas y compatibles para el combate militar contra la insurgencia.En 1999 el plan Colombia fue lanzado públicamente como de lucha contrael narcotráfico, en un acuerdo entre los presidentes Bill Clinton yAndrés Pastrana de Colombia.Hacia principios de 2002, Pastrana decretó la guerra total contra lasFARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia), mientras elsecretario de Estado de EEUU, Colin Powell, dio apoyo total en la luchacontra la guerrilla que redefinió como 'terrorismo', incrementando elenvío de asesores militares, armamentos, ayuda logística e inteligencia.La mayor parte de los fondos que enviaba Washington por el plan Colombiaya eran desviados para fines puramente militares, y no para laerradicación manual de los cultivos de droga ni para fines sociales.En los últimos seis años, el gobierno de Alvaro Uribe, mediante lacontinuación del plan Colombia/Patriot, recibió al menos 5.000 millonesde dólares que se destinaron a contrainsurgencia, derivados de losfondos públicos de EEUU por George W. Bush.También en 2002, el gobierno de Pastrana con la aprobación de EEUU, yahabía quebrado un acuerdo de paz gestado durante 3 años, con voluntadnegociadora de las FARC y la intervención de 10 representantes de paísesenviados por la ONU.'Cualquier misión, en cualquier lugar, a cualquier hora, en la mejorforma, listos para ganar...' (1)En los últimos meses, las fuerzas de Colombia venían realizandointensivas operaciones de inteligencia en distintos sitios del país, quele permitieron capturar a varias personas clave en relación a las FARC,como en la localidad de Saboyá (Departamento Boyacá, en el norte), o enla inspección de Piñuña Negro (Puerto Leguízamo en el sur), penetrandoasí la red de seguridad del negociador y comandante de la FARC, RaúlReyes.EEUU habían ofrecido una recompensa de 5 millones de dólares por lacabeza de Reyes y 2,5 millones por el ideólogo de las FARC JuliánConrado.Desde hacía semanas la Inteligencia electrónica de la CIA seguía laseñal de un teléfono satelital que era utilizado periódicamente porReyes, lo que permite establecer su latitud y longitud geográfica con unerror del orden del metro. La operación de captura ya estaba lista, enespera del momento oportuno.En la noche del 29 de febrero mediante una llamada de Reyes a lasenadora Pilar Córdova, la CIA confirmó las coordenadas del celular, quecorrespondían a una zona selvática inhóspita, y la Inteligenciaelectrónica registró la ausencia de fuerza militar ecuatoriana.La operación relámpago lanzada hacia la medianoche, tiene similitudescon las tácticas invasivas que emplea Israel en Oriente Medio y lasoperaciones de contrainsurgencia con intenso ataque aéreo y bombardeoprevio 'de ablandamiento' que utilizan EEUU en Irak, Afganistán ySomalia.En Colombia hay varias bases militares bajo control de EEUU. La base dehacienda Larandia en la zona central del país, próxima a la ciudad deVillavicencio y otras tres al sur del país, una cercana a la localidadde Florencia, otra en Puerto Leguizamo, cerca del río Putumayo, y lamayor montada por los estadounidenses, la de Tres Esquinas, que seencuentra en proximidades de la 'triple frontera' con Ecuador y Perú.Los aviones de combate a reacción que atacaron el campamento de Reyes,salieron al menos de esta última base. Participaron además aeronavessuministradas por EEUU para el plan Colombia, como helicópteros BlackHawk.Se considera que debido a la sofisticación de las operaciones, éstashayan sido diseñadas, realizadas y desarrolladas con intervención delComando Sur de EEUU (USSOUTHCOM) (2), una de las 5 regiones militares enque Washington ha dividido al mundo, y cuya 'área de responsabilidad'incluye América del Sur, el Caribe y parte de América Central, concapacidad para proveer entre otros, control de operaciones, coordinacióny comunicaciones, Inteligencia en base a satélites, sensores remotos einformación 3D, bombas inteligentes y control operacional para'despliegue rápido'.Tampoco se excluye la intervención de la base estadounidense de Manta enEcuador, que realiza tareas de Inteligencia, y de vigilancia electrónicapermanente mediante captación de imágenes satelitales y detección deseñales radioeléctricas entre otras, con capacidad para rastrear 2000llamadas de teléfono celular por segundo. Utiliza aviones Orión quesobrevuelan Colombia y Ecuador, con sistemas AWACS (Airborne Warning andControl System) para detectar aeronaves hostiles, dando apoyo logísticoa las Fuerzas de Colombia (y Perú) para combatir la subversión.Esta base deberá ser retirada de Ecuador en 2009, ya que el gobierno deRafael Correa no renovará a EEUU el convenio de permanencia. ElPentágono considera trasladarla al norte de Colombia hacia la fronteracon Venezuela o Panamá, ya que el gobierno de Uribe habría puesto adisposición de EEUU un extenso territorio estratégico para lainstalación de nuevas bases militares.La operación por la que el Estado colombiano violó la soberanía de otroEstado-Nación comenzó pasada la medianoche del primero de marzo, conbombardeos con munición de racimo (cluster bombs) al campamento de laFARC, por aeronaves de Colombia provenientes del interior del territorioecuatoriano hacia la frontera, atacando el flanco desguarnecido, ytomando a los insurgentes por total sorpresa mientras pernoctaban, alpunto que no llegaron a entrar en combate salvo los tres centinelas.Las bombas racimo contienen cientos de municiones explosivas de menortamaño que son liberadas a determinada altura encima del blanco, cuyafragmentación produce un efecto devastador sobre una concentración detropas.EEUU las utilizó en Laos y Kosovo, y las utiliza en Afganistán. Israellas usó en Líbano. En la invasión a Irak, se calcula que EEUU y granBretaña han lanzado un millón de bombas racimo.Después del ataque, el terreno sigue siendo potencialmente peligrosoespecialmente para la población civil, ya que puede quedar en promedioun 5 a 10% de submunición dispersada fallada sin explotar.El ataque a los restos del campamento, continuó con la FUDRA (Fuerza deDespliegue Rápido; Fast Deployment Force), brigada de fuerzas especialescolombianas transportadas en helicópteros (creada por EEUU en el planColombia, (1)). Con equipamiento militar para visión nocturna seocuparon de perseguir a los sobrevivientes que se habían ocultado,realizando un segundo ataque hacia las 3 p.m. (3), y la carnicería deultimar a los ocupantes del campamento que encontraran con vida, como lomuestran los cadáveres apilados y con disparos por la espalda. Despuésde la matanza se retiraron los cuerpos de los líderes y objetos de losinsurgentes. La operación duró unas 6 horas hasta el amanecer.El gobierno de Uribe, en Bogotá, estuvo en comunicación en tiempo realsobre el desarrollo de todo el operativo.A las 8 p.m. Uribe llamó al presidente ecuatoriano, para informarle quehabía habido una confrontación armada con combatientes de las FARCcuando éstos atacaron, desde Ecuador, a las fuerzas de Colombia que sehallaban en la zona fronteriza, y que durante la persecución de losinsurgentes se había producido un traspaso territorial involuntario detropas.Según testimonios de pobladores, una parte de las tropas colombianaspermaneció en territorio ecuatoriano unas 24 horas más, y en lamadrugada del día siguiente fue retirada por una nueva intrusión conhelicópteros.Ha habido más de 50 'traspasos territoriales involuntarios' de tropas deColombia a Ecuador, sin contar las fumigaciones defoliantes conglifosato para despejar la selva sobre el borde ecuatoriano, que dejó unsaldo de 2000 pobladores ecuatorianos intoxicados. Procedimiento similaral que realizaba EEUU en Vietnam con el 'agente naranja'.Chávez, en una reacción rápida en extremo, envió tropas a la frontera enprevención de una escalada de Uribe, que está introduciendo en Venezuelaa sus huestes de insurgencia paramilitar colombiana.La trampa secular de los ImperiosActualmente Colombia es uno de los países latinoamericanos con mayorpresencia militar de EEUU, que no dejará de sostener el plan Colombiarealimentado en el conflicto armado interno, ya que considera al paíscomo un enclave geoestratégico en el norte de América del Sur, conacceso a los dos océanos y en el que desemboca el itsmo que la comunicacon Centro América.George W. Bush no quiere la paz y el plan Colombia no tiene fronteras,otros puntos de interés estratégico son el centro geográfico deSudamérica, en que el Pentágono instaló la base Mariscal Estigarribia(Paraguay), y el extremo sur del continente, que cobrará mayor interéscuando la Antártida sea liberada a la explotación mercantil (para el2048, si no se rompe mucho antes el compromiso internacional).A pesar del nivel de conflictos bélicos funcional a sus intereseseconómicos que lleva adelante Washington en diversas latitudes, siempreha estado presente y alerta en Sudamérica.Según venían advirtiendo diversos analistas, finalmente se ha producidoun intento de EEUU para perturbar la estabilidad en la región,induciendo a un conflicto bélico que no amenace su seguridad nacional.La dirigencia estadounidense tiene en claro su objetivo autoproclamadode liderazgo mundial y que para sobrevivir en esa escala, requerirádisponer del Sur.América del Sur posee todos los recursos naturales y estratégicos que lefaltarán a la humanidad en el siglo XXI y XXII.Por sobre todo, EEUU debe romper toda potencial integraciónLatinoamericana, destruyendo principalmente la línea Venezuela, Ecuador,Nicaragua, Bolivia, que intenta cierto grado de autodeterminación enfunción de sus intereses nacionales y de partes significativas de suspueblos, y que más perjudica los del Norte y de algunas élites de poderlocales.Washington necesita cambios de régimen.Además de eliminar a un potencial competidor como Ingrid Betancourt, elobjetivo detrás de la provocación del gobierno de Alvaro Uribe con lainvasión y emboscada-masacre en territorio de Ecuador, es ése.Una trampa secular de los Imperios es llevar al enemigo a su propio'campo de juego', donde es fuerte. Debe inducirlo a una guerra con lasarmas y estrategias que maneja.Pero el Imperio no solo elegirá las armas para su enemigo sino que leinstigará con quién deberá pelear, esa es parte de la estrategia paravencer. Dejar que se maten entre ellos, y una vez que el enemigo se hadebilitado y desgastado, es el Imperio el que le dará la 'estocada'final. Esa es la tarea que le toca a Uribe.Desde el punto de vista bélico, al margen del carácter tiránico, en 2003Saddam Hussein quedó envuelto en una guerra convencional con EEUU. Enpocas semanas Saddam fue derrotado.Pero cuando Washington fue descolocado de su paradigma de guerra, altener que pelear otra clase de conflicto (generada por las condicionesparticulares intrínsecas de Irak), quedó empantanado. Recién, después decinco años, parece estar reaccionando ante la nueva situación.Para frenar al Imperio no basta con la guerra regular e irregularclásicas, deberá emplearse una nueva clase de conflicto, en quemasivamente sea el pueblo que lleve adelante el proceso que saque alImperio del contexto militar-mercantil que impone.Aunque una guerra entre Colombia y Venezuela no sería en principio soloentre ellos sino regional, es muy probable que en los hechos, laintervención a favor de ésta de los países más poderosos de América delSur no llegue a mucho más que declaraciones de apoyo. Así sucedió en laguerra de Malvinas, entre Argentina y Gran Bretaña.Detrás de Colombia se halla el suministro técnico-militar de EEUU yalgunos países de la Unión Europea. Así como en la guerra de Malvinas,Inglaterra contó con la ayuda militar y logística encubiertaestadounidense y de sus aliados, como Chile.Aunque Venezuela dispone del recurso petrolero y pudiera contar conapoyo y suministros de algunos países de Eurasia, éstos seguramenteserán fuertemente acotados por la acción de los atlantistas.De modo que el ganador en un potencial conflicto bélico no parece quesea Venezuela, sino en última instancia EEUU.En el plano interno, puede que exista un cierto estancamiento de laRevolución Bolivariana, probablemente por una componente burocrática yde corrupción intrínseca, (que impide que llegue adecuadamente a la masapopular la riqueza recuperada de las élites saqueadoras) y que no fueadvertida por el gobierno en tiempo y forma, y en que además, se hallaimbricada la suma de las acciones desestabilizadoras de las oligarquíaslocales, sectores de clase media y EEUU. Sin embargo una guerra,inicialmente podría aglutinar a la población, pero si se suman lascondiciones internacionales no es descartable que conduzca finalmente, alos cambios de régimen.Notas:1) Lema de las Fuerzas de Despliegue Rápido (Fast Deployment Force;FUDRA) de Colombia constituída por varias brigadas de fuerzas especialesy aerotransportadas con helicópteros Black Hawk, apoyada por la Fuerzaaérea de Colombia (CAF), formada y entrenada por EEUU durante el planColombia, y consideradas como 'el despliegue rápido de la máquina deguerra colombiana'.2) 'Colombia's President Uribe Goes Dangerously Ballistic', Council onHemispheric Affairs, March 3rd, 2008.3) Según el relato de una testigo sobreviviente (no guerrillera) de laUniversidad Nacional de México, que se hallaba en el campamentorealizando un estudio académico sobre las FARC.

Artigo de Luciano Pires sobre o Lula

A TEORIA DA RELATIVIDADEUm dos filmes que mais causaram impacto na época foi "Em algum lugar nopassado", com Christopher Reeve, uma história de amor lindíssima, em queum escritor apaixona-se pela foto de uma atriz dos anos vinte.Uma paixão tão avassaladora que ele acha uma forma de voltar ao passadopara encontrar a moça e viver uma história de amor emocionante.O filme é perfeito, a trilha sonora é fabulosa e o tema, instigante:Viajar no Tempo.Quando Albert Einstein anunciou a sua Teoria da Relatividade, em 1905,viajar no tempo - pelo menos em teoria - deixou de ser algo impossível.Pois outro dia observei uma foto de um grupo de amigos na reunião decomemoração de 40 anos de sua formatura no colégio. Olhei aquelessenhores de cabelos brancos, gordos e carecas e imaginei o queaconteceria se a foto pudesse ser vista por eles quando tinham apenas 18anos.Já pensou? Você poder ir até o futuro e olhar onde estará, que rumo suavida tomou?Imaginei então uma situação interessante.Alguém inventa uma máquina do tempo. E vai testar. Escolhe uma dataaleatória - 1989, por exemplo - e aperta um botão. A máquina traz para opresente ninguém menos que Luis Inácio Lula da Silva.Aquele de vinte anos atrás. Lula chega meio zonzo:- O que é isso, companhero?Sem entender o que acontece, Lula é recebido com carinho, toma uma água,senta-se num sofá e recupera o fôlego.- Onde tô?- No futuro, Presidente. Colocamos em prática a Teoria da Relatividade!- Futuro? Logo agora que vou ganhar do Collor, pô! Me manda de volta propassado! Zé Dirceu! Zé ... Cadê o Zé?- Calma, Sr. Lula. Aproveite para dar uma olhada no seu futuro. Você é opresidente da República!- Eu ganhei?- Não daquela vez. Mas ganhou em 2002. E foi reeleito em 2006!- Reeleito? Eu? Deixa eu ver, deixa eu ver!E então Lula senta-se diante de um televisor de plasma.Maravilhado, assiste a um documentário sobre os últimos 20 anos doBrasil. Um sorriso escapa quando a eleição de 2002 é apresentada.- Pô, fiquei bonito! Ué. Aquela ali abraçada comigo não é a MartaSuplicy?- Não, Presidente, é a Marisa Letícia, após botox!- Olha! Eu e o Papa! E aquele ali, quem é?- É George Bush, o Presidente dos Estados Unidos!- Arriégua! Êpa! Mas aquele ali abraçado comigo não é o Sarney? Com aRoseana? E o que é que o Collor tá fazendo abraçado comigo? O que éisso? Tá de sacanagem?- Não, presidente. Esse é o futuro!- AAAAhhhhhh! Olha lá o Quércia me abraçando! O Jader Barbalho! Cadê oGenoíno? Cadê o Zé Dirceu? O Delúbio?- O senhor cortou relações com eles por causa do escândalo do Mensalão.- Meus amigos? Me separei deles e fiquei amigo do Quércia?- Pois é...- E aqueles ali? Não são banqueiros? Com aqueles sorrisos pra mim?- Estão agradecendo, Presidente. Os bancos nunca tiveram um resultadotão bom como em seu governo.- Bancos? Os bancos? Você tá de sacanagem. Sacanagem!- Calma, Presidente. O povo está gostando, reelegeram o senhor com maisde cinqüenta milhões de votos!- Mas não pode! Cadê os proletários? Só tô vendo nego da elite ali. Olhao Vicentinho, de gravata! E o Jacques Wagner também!Mas que m...... é essa?- É o futuro, Presidente.- Ah, não. Não quero! Não quero! Não quero aquele meu terninho. Nãoquero este cabelinho liso. Não quero aquela barbinha ... Desliga issoaí!- Mas Presidente, esse é o futuro. O senhor vai conseguir tudo aquiloque queria.- Não e não. Essa tal de teoria da relatividade é um perigo.- Perigo?!- É. As amizades ficam relativas. A moral fica relativa. As convicçõesficam relativas. Tudo fica relativo!- Bem-vindo a 2008, Presidente!PS: Este artigo é de autoria de Luciano Pires ( www.lucianopires.com.br)e está liberado para utilização em qualquer meio, contanto que sejacitado o autor e não haja alteração em seu conteúdo.

sábado, 15 de março de 2008

Artigo de Pedro do Couto

O Ministério do Meio Ambiente continua mentindo quando diz ter diminuido o desmatamento.
Só mentiras e corrupçaõ por todos os lados.


Amazônia: desmatamento é alucinanteNa edição de 12 de março da "Folha de S. Paulo", a repórter Marta Salomon, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), colhidos por satélite, revelou que só no mês de janeiro deste ano foram desmatados na região amazônica nada menos que 639 quilômetros quadrados, área quase igual à metade do Rio de Janeiro. A capital carioca possui aproximadamente 1.300 quilômetros quadrados.
Como é possível que a sanha devastadora tenha chegado a esta altura. Quais as providências tomadas? Não há resposta para a pergunta, nem de parte do Ibama, tampouco do Ministério do Meio Ambiente. Nem do Ministério da Agricultura, neste caso porque a expansão da cultura da soja é apontada como uma das causas dominantes num processo cada vez mais estranho. Muito estranho. Sobretudo porque janeiro de 2008 não é um fenômeno isolado.
Pelo contrário. O Inpe assinala que em setembro de 2007 foram devastados 611 quilômetros quadrados, em outubro, 457, em novembro, 974, em dezembro, 948 quilômetros quadrados. Uma verdadeira calamidade. Isso sem necessidade de recuar mais no tempo. A Amazônia está sendo desmatada. Derrubada. O presidente Lula precisa agir com urgência, já que ministérios de seu governo se omitem. Claro a região é enorme. Engloba mais de 55 por cento do território nacional.
Abrange assim aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados. Mas suas florestas, pulmão do Brasil e até do mundo, não são inesgotáveis. Para o desmatamento alucinante e alucinado, qual o índice de reflorestamento? Provavelmente são será dos maiores. Nem dos melhores, portanto.Onde se corta e não se repõe, a tendência no futuro é terminar.
A responsabilidade brasileira é muito grande. Inclusive, a prosseguir a derrubada da floresta, setores internacionais, e sobretudo internacionalistas, começam a encontrar argumentos para ações progressivas na vasta região. A título de preservar, missões vão aparecendo, através de ONGs, e ocupando espaços que deveriam obrigatoriamente ser preenchidos pelos poderes públicos. Não é pelo governo federal, mas estadual e municipal. Afinal, a União, estados e municípios são todos atingidos pelo atentado ecológico ligado à vida humana e à sobrevivência do planeta.
Citei a dimensão da cidade do Rio de Janeiro para acentuar que num só trimestre uma área maior do que a dela foi derrubada. Derrubar florestas não é tarefa fácil. Tampouco improvisada. Ao contrário. Exige toda uma operação coordenada, projetada, esquematizada, orquestrada. É indispensável o deslocamento de trabalhadores com noção da tarefa, máquinas, motosserras, caminhões para transportar o produto dos assaltos, enfim, toda uma logística que não pode se inspirar em comportamentos rudimentares, mas sim em ações sofisticadas.
O Ministério do Meio Ambiente não percebeu nada. Sendo assim, transformou-se na personagem da canção de Chico Buarque. Só ele não viu. Só ele, não. O Ministério da Agricultura é também responsável. A reportagem da FSP foi excelente. Sobretudo porque, ao apresentar dados comparativos, como se deve fazer sempre, forneceu a dimensão do drama que se desenrola em meio à selva cada vez mais penetrada pela ganância e pelo descritério. Sim. Porque não está existindo critério técnico algum. Só a ganância, a voracidade, o impulso predatório na busca do lucro imediato e inconseqüente em termos de interesse público e coletivo.
Aliás, como está acontecendo simultaneamente em vários setores da economia brasileira e da administração pública. Esta, a cada dia, torna-se cada vez mais vulnerável aos interesses particulares, entre eles os interesses ilegítimos. A devastação veloz da Amazônia encontra-se neste caso. Francamente, gostaria de ouvir a opinião de um especialista no assunto ecologia, o jornalista Washington Novaes, que mantém uma atuação habitual no jornal "O Estado de S. Paulo". Afinal de contas, o meio ambiente não se destina apenas ao lazer e sim ao mais amplo conceito da vida humana.
A poluição não é causada somente por fábricas ou usinas. Tem sua origem também na favelização dos centros urbanos, caso da cidade do Rio de Janeiro, tem sua origem igualmente no desemprego e na miséria. Claro. Pois o déficit de habitações minimamente dignas acarreta uma queda progressiva nos padrões sanitários e de higiene. Cada grupo de pessoas que dorme nas ruas, e são muitos estes grupos, produz uma série de reflexos contrários à saúde humana. Os poderes públicos estão encolhidos, omitindo-se diante de tudo isso. Por causa disso, a poluição inclusive cresce acentuadamente.
É um fenômeno negativo e inegável. Que só a administração pública pode enfrentar. Mas neste caso enfrentar não é só bloquear as conseqüências. É, sobretudo, eliminar as causas de todo este descalabro. Na Amazônia, o problema que está ocorrendo é gravíssimo. E a impressão que se tem é que os órgãos encarregados da questão encontram-se desaparelhados para uma atuação concreta. Medidas no papel são muitas e muito amplas, mas só na aparência. Submergem nas páginas do Diário Oficial. Não se transportam para a realidade. Um desastre.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Deveria ser com as venais TV Globo, SBT, BAND e outras

Caso RCTV faz lembrar que concessões não são vitalícias
Edgar Rebouças - 28.05.2007

Todo este espaço aberto na mídia brasileira para falar sobre o caso da não renovação da concessão de uma das emissoras da Radio Cararas Televisión (RCTV) é bem sintomático para tentarmos compreender o que se passa atualmente aqui mesmo no Brasil. Seria de levantar suspeitas o motivo pelo qual de uma hora para outra a imprensa nacional resolveu sair de sua tradicional posição de costas para a América Latina, se neste exato momento não estivessem em pauta os debates em torno da classificação indicativa na TV e da regulamentação da publicidade de bebidas e de alimentos que causam obesidade. Tanto a decisão do governo venezuelano como as propostas dos ministérios da Justiça e da Saúde estão sendo colocadas no mesmo balaio do atentado à liberdade de expressão e da “volta à censura”. Mas a questão de fundo de ambos os casos é a eterna disputa entre o interesse público e o interesse privado. No caso da RCTV, o que mais foi dito é que seria fechada a emissora que se opõe ao governo Chaves. Só que a imprensa brasileira, sempre superficial, se “esqueceu” de apurar um pouco mais o histórico da “injustiçada” emissora. Pois, ao que consta, já em 1976, a RCTV foi tirada do ar por três dias por veicular notícias falsas; em 1980 ficou 36 horas fora do ar por causa de sua programação sensacionalista; em 1981, foram 24 horas de penalidade por exibir cenas pornográficas em horário inadequado; em 1989, mais 24 horas fora do ar por ferir a lei ao veicular publicidade de cigarro; e em 1991, teve um de seus programas humorísticos tirado do ar pela Corte Suprema por ridicularizar as pessoas. Não bastasse todos esses problemas relativos ao conteúdo, há ainda os processos na Justiça por sonegação fiscal entre 1999 e 2003, e por veiculação dos discurso do almirante Molina Tamayo e dos generais Nestor Gonzáles e Guaicaipuro Lameda em favor do golpe militar de 11 de abril de 2002. Ambos os casos: enganar o fisco e incitar o povo a um golpe de Estado, são ações puníveis constitucionalmente em qualquer democracia do mundo; pior ainda se tratando de uma concessão pública como as emissoras de televisão. Vale lembrar que, bem ou mal, Hugo Chaves foi eleito e re-eleito nas urnas. Outro ponto também não divulgado pela imprensa brasileira é que a não renovação da concessão foi apenas de uma das emissoras do grupo 1BC (1 Broadcasting Caracas), que continua operando com suas empresas de rádio, TV a cabo, internet e fonográficas. A falta de informação deve ser pelo fato de recebermos notícias da Venezuela por agências americanas, inglesas e francesas, ou por correspondentes brasileiros em Buenos Aires. Até pela proximidade geográfica, certamente jornalistas de Roraima teriam informaçõesmais confiáveis. O caso da RCTV não tem nada a ver com censura ou com atentado à liberdade de expressão. Da mesma forma que não é censura, no Brasil, os casos da regulamentação da classificação indicativa e da publicidade de bebidas alcoólicas e alimentos prejudiciais à saúde; todos previstos na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente. A (de)formação da opinião por parte da mídia em geral é tratada pelo foco das questões ideológicas. Sendo que as empresas de comunicação tentam sempre afirmar seu papel de defensor da democracia; o que de certa forma era válido nos séculos XVIII e XIX, quando os jornais davam voz àqueles que se opunham aos regimes autoritários. Mas a partir do final do século XIX e início do XX, a imprensa perdeu seu papel de quarto poder para se tornar uma empresa comercial como qualquer outra. O que está por trás de todo este tempo e espaço destinados ao caso RCTV ­ maior do que o destinado a muitas outras questões de relevância na América Latina ­ é uma preparação de terreno para a defesa teoria do vale tudo. Assim, em nome da “liberdade de expressão”, pode-se desrespeitar os direitos humanos, invadir privacidade, acusar sem provas, corromper... É a moda da tal “liberdade de expressão comercial”, neologismo criado pelos empresários do setor no Brasil. No entanto, se o que está escrito na Constituição continua valendo, os canais de rádio e televisão são concessões públicas, devem respeitar as leis do país, e, assim como na Venezuela, e no resto do planeta, as concessões não são vitalícias. (*) Edgard Rebouças é jornalista, doutor em Comunicação, professor da Universidade Federal de Pernambuco e membro da coordenação executiva da campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

Divida externa e interna

Os bilhões não investigados da dívida pública

Ivan Valente


O governo federal acaba de anunciar um suposto marco histórico para o país: nossas reservas internacionais superaram em valores o montante da dívida externa pública e privada. Ou seja, na opinião do governo Lula, o problema da dívida brasileira não mais existe. A realidade, no entanto, mostra uma situação bastante diversa: a dívida interna brasileira se perpetua e, em apenas dois anos, cresceu mais de 40%. Em dezembro de 2007, chegou a R$ 1,4 trilhão. É uma dívida cara, enorme, que sobrecarrega o orçamento brasileiro, mas da qual ninguém fala para não estragar a festa da agiotagem internacional.Na verdade, a dívida interna é um dos mecanismos encontrados pelo capital internacional para usurpar o dinheiro do povo brasileiro. Como boa parte dos credores são bancos internacionais estabelecidos aqui, o pagamento de juros – que estão entre os mais altos do mundo – acaba indo para o exterior em forma de remessa de lucros. No ano passado, elas atingiram o nível recorde de US$ 21,236 bilhões, e continuam a pressionar a conta corrente externa do país, que tem projeção de déficit para 2008. No Brasil, os beneficiários do pagamento dos juros da dívida são apenas 0,04% dos que têm títulos dos juros da dívida pública, ou seja, os bancos e alguns rentistas.Enquanto isso, cerca de 38% do nosso orçamento é consumido com a dívida. Desde o início do governo Lula, em 2003, R$ 851 bilhões foram gastos com o pagamento de juros da dívida pública, interna e externa. Para se ter uma idéia de grandeza de valor, isso é o mesmo que cada brasileiro e brasileira, dos 186 milhões que formam nossa população, tivesse desembolsado R$ 4.570,00 nos últimos cinco anos. Segundo o site Congresso em Foco, os juros da dívida consumiram, neste mesmo período, 22 CPMF. Só no ano passado, foram R$ 180 bilhões de juros, ou seja, cerca de 20 vezes o que foi gasto com o principal programa social do governo federal ao longo de 2007, o Bolsa Família. Isso num país em que o salário mínimo, já reajustado, é de R$ 412,00.O problema, no entanto, vem de longe. Durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, o pagamento de juros e o esforço fiscal para viabilizá-lo foram condicionados à chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, fazendo com que os estados e municípios dessem prioridade para o pagamento de juros da dívida interna em detrimento de gastos sociais, criando um déficit de atendimento à população mais carente e à necessidade de serviços públicos essenciais. Como exemplo, o município de São Paulo destina 13% do seu orçamento para o pagamento de juros da dívida.Enquanto isso, as políticas sociais foram abandonadas. O país gasta apenas 4% do PIB com educação e a saúde pública está sucateada. Com este dinheiro poderíamos ter saneamento básico, moradia decente para milhões e investimentos em pesquisa e geração de emprego e renda. Esta escolha é o maior crime que se perpetra contra a população excluída. É o principal nó do desenvolvimento sustentável brasileiro e o maior impeditivo à distribuição de renda e à justiça social.Trata-se, aí sim, da grande farra e mau uso do dinheiro público. Enquanto a população se indigna e repudia os gastos com cartões corportativos, que segundo o jornal Folha de S. Paulo consumiram R$ 145 milhões nos últimos quatro anos, ninguém fala dos R$ 851 bilhões dos juros da dívida.É por isso que defendemos a instalação de uma CPI da dívida pública. Já protocolamos seu pedido na Câmara dos Deputados e 185 parlamentares, de diferentes partidos, apóiam nossa iniciativa. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito levará necessariamente a uma auditoria da dívida, como previsto na Constituição Federal, algo necessário e urgente para apurar os bilhões de reais que são drenados nos ganhos dos bancos e do setor financeiro. É uma CPI para apurar outra faceta do mau uso do dinheiro público, numa escala infinitamente superior. É uma CPI a favor do povo brasileiro, de uma política igualitária e sustentável para o nosso país.Artigo originalmente publicado no jornal Vale Paraibano do dia 1 de março/2008